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Para consultor, o problema é o 'excesso de oferta'
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA"Não é bolinho", sentencia, fazendo graça, o consultor de restaurantes Eduardo Scott, que há 25 anos trabalha no setor, há dez deles orientando empreendedores.
Scott associa os preços altos das casas paulistanas à prática de trabalharem com um giro baixo de clientes. "São Paulo sofre de um excesso de oferta. Tem muitos restaurantes para poucos clientes. Você precisa contar com um giro baixo e cobrar alto para cobrir custos."
Aplicar preços mais baixos para atrair mais clientes e, assim, compensar as contas, porém, é solução arriscada, pois são altos os custos fixos de aluguel, insumos e segurança.
"Seja por preço baixo ou alto, há problema em São Paulo. Se é alto, vai pouca gente e vai sair no BoicotaSP. Se é baixo, vai muita gente, mas não consegue cobrir os custos e vai parar no Serasa", conta, com bom humor.
Dificuldades à parte, há sim, para ele, também preços abusivos na cidade. O cálculo para um lucro justo, diz, é de três vezes o custo. (GIULIANA DE TOLEDO)
