Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Clube do bolinha

Confraria que existe há 12 anos reúne todo mês chefs e donos de restaurantes; 18 integrantes somam 30 estabelecimentos

ANA PAULA BONI DA EDITORA-ASSISTENTE DE "COMIDA" E "TURISMO"

Dez donos de restaurantes e chefs se sentam para almoçar no Piselli, no fim do mês passado. Com vinho italiano barbera, fazem o brinde de forma peculiar --o anfitrião brinda, olhando fundo nos olhos, com quem está à sua direita, e assim vai sucessivamente até fechar o círculo.

Ao lado de outros oito empresários, eles reúnem 30 estabelecimentos em São Paulo, entre culinárias como italiana, japonesa e francesa.

Poderia ser só uma reunião de negócios, mas eles estão ali também para confraternizar. Fazem parte de uma confraria --sem nome-- criada 12 anos atrás para falar sobre o mercado, pedir indicações de funcionários e, acima de tudo, apreciar a boa mesa.

A ideia nasceu num jantar no Jun Sakamoto (também da Hamburgueria Nacional), em 2002, entre Daniel Sahagoff (Cantaloup), Adriano Kanashiro (Momotaro) e Francisco Barroso (Le Vin).

Depois, cada um amealhou um amigo e hoje são 18 participantes --além dos que estão na foto, integram o grupo Sakamoto, Kanashiro, Barroso, Andrea Conte (sócio de Allan), Lamberto Percussi (Vinheria Percussi), o chef Erick Jacquin (La Cocotte e Tartar & Co.), Arri Coser (NB Steak) e Ernesto Fernandes (irmão e sócio de Marcelo Fernandes).

Nem todos participam do almoço toda última quinta do mês --o último ocorreu no Piselli, aproveitando os dez anos da casa e o aniversário de Juscelino Pereira.

Além do almoço, eles programam ao menos uma viagem por ano para conhecer vinícolas e restaurantes em diferentes países. A última foi para o Chile, em outubro. "É como uma excursão de crianças ao zoológico", define Sahagoff. É que, além de comer e beber bem, eles se divertem pregando peças nos colegas.

Como esconder a mala de um confrade por alguns dias. "Às vezes, a mala aparece em minha mão e eu só a guardo", diz, aos risos, Fred Frank.

Mas o grupo também vive de assunto sério. Paulo Zegaib conta que indicou seu fornecedor de carne wagyu para Murakami. "Se chega um amigo da Europa, pergunto se alguém está precisando de cozinheiro", exemplifica Emmanuel Bassoleil.

Segundo Sahagoff, atual presidente, a confraria está aproximando-se mais do fornecedor. No ano passado, foram a um encontro com a JBS, processadora de carnes.

Mas, à mesa, o assunto sério logo perde o rumo --e Roberto Ravióli aproveita a distração de Juscelino para "oferecer" emprego a um garçom.

E não tem mulher no clube? "Claro que tem. Estou aqui com meu lado feminino", diverte-se Murakami. "Cozinheiro tem de ter lado feminino. Senão a comida fica dura."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página