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Acusação cita de Caetano Veloso a José Dirceu

DE SÃO PAULO

Para convencer os jurados a condenarem os policiais, a Promotoria citou de Caetano Veloso ao ex-ministro José Dirceu.

O julgamento do mensalão, no ano passado, foi usado pelo promotor Marcio Friggi para mostrar que a tese da defesa, de que a conduta dos réus deveria ser demonstrada individualmente, foi rejeitada pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao condenar Dirceu.

A defesa dos PMs dizia que a condenação não era possível, pois não havia provas de qual policial atirou em qual preso. A defesa de Dirceu dizia que não havia provas de que ele comandara o esquema.

"É o argumento mais surrado que existe", disse Friggi. "Se os senhores entendem que Dirceu não cometeu os crimes, não vem ao caso. Quero mostrar é que os ministros foram contra a tese", disse ao júri.

Durante os debates, ele ressaltou que a Rota, unidade a qual pertenciam os réus, tinha um histórico de violência. E que, juntos, os réus são responsáveis pelas mortes de 181 pessoas em outros episódios --a Justiça Militar os absolveu em parte dos crimes.

E que suas principais vítimas eram pessoas pobres, negras e da periferia. Esse era o mesmo perfil dos presos do Carandiru, reforçou.

A acusação mostrou laudos apontando que presos foram mortos com tiros na cabeça e à queima-roupa.

Terminou citando a música "Haiti", de Caetano. A letra diz: "E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina/111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos. Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres".


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