Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

Cidade de Minas usa peixe 'barrigudinho' contra dengue

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Com seis centímetros de comprimento e capaz de comer até cem larvas por dia, um peixe conhecido como "barrigudinho" tem sido a aposta da Prefeitura de Uberlândia (MG) para reduzir os casos de dengue na cidade.

Com 1.307 ocorrências desde o início do ano, o município do Triângulo Mineiro é o segundo em registros da doença no Estado --perde só para Paracatu, com 3.112 casos.

A estratégia é usada pelos mineiros pelo menos desde 2005, quando outra prefeitura --a de Alfenas-- passou a distribuir para a população o peixe, também chamado de lebiste (Poecilia reticulata).

Despejado em locais que podem acumular água parada, como piscinas e tanques, esse animal se alimenta das larvas deixadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e interrompe seu ciclo de reprodução.

"Pode ser usado no combate ao mosquito para grandes recipientes, mas não podemos esquecer dos pequenos acúmulos de água", afirma Adriano Mondini, professor de saúde pública da Unesp de Araraquara (a 273 km de São Paulo).

O professor diz que nem sempre locais como piscinas e caixas de água devem ser o foco do combate. Ele relata, por exemplo, que chegou a achar larvas do mosquito em copo de água usado para guardar dentadura e até em casca de ovo jogada no lixo.

Coordenador do programa de controle da dengue de Uberlândia, Paulo César Ferreira defende que o uso do "barigudinho" é eficaz e ecologicamente correto, pois reduz a aplicação de inseticidas.

De acordo com Ferreira, a prefeitura também mantém os trabalhos de nebulização e vedação de criadouros.

Desde o início do mês, diz, a cidade registrou queda nas notificações de casos suspeitos da doença e a situação é considerada controlada.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página