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Morre aos 91 Marlene, 'rainha do rádio'

Cantora começou a carreira aos 13 anos, gravou perto de 4.000 músicas e fez muito sucesso nos anos 1940 e 1950

Ela também trabalhou como atriz no teatro, na TV e no cinema e ficou conhecida por brigar com Emilinha Borba

DO RIO

Morreu nesta sexta-feira (13) a cantora Marlene, 91, conhecida nas décadas de 1940 e 1950 como a rainha do rádio e pela eterna rivalidade, dela e de seus fãs, com outra estrela da Rádio Nacional, Emilinha Borba (1923-2005).

Marlene estava internada desde domingo (8) na Casa de Saúde Portugal, no Rio Comprido, na zona norte.

De acordo com familiares, a cantora sofreu uma hemorragia nasal no domingo. O quadro evoluiu para pneumonia e ela morreu de falência múltipla dos órgãos.

O corpo de Marlene será velado a partir das 8h deste sábado (14) no Teatro João Caetano, na praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro.

Ao longo de quase sete décadas de carreira, Marlene gravou perto de 4.000 músicas. Estreou aos 13, na rádio Bandeirantes de São Paulo e tornou-se profissional em 1940, na rádio Tupi. Trocou o nome verdadeiro, Victória Bonauitti de Martino, por Marlene, em homenagem à atriz alemã Marlene Dietrich.

Mudou-se para o Rio aos 20 e passou a apresentar-se no Cassino da Urca, na rádio Mayrink Veiga e no Golden Room do Copacabana Palace.

No final da década de 1940, Marlene e Emilinha dividiam o estrelato e os fãs. Se não chegavam a ser amigas, ao menos não se odiavam.

Gravaram juntas "Eu Já Vi Tudo", de Peterpan e Amadeu Veloso, e "Casca de Arroz", de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, acompanhadas pela orquestra Tabajara.

Mas, em 1949, a emissora decidiu eleger a rainha do rádio. Os fãs de Emilinha davam a eleição como certa. Perderam. Marlene era a garota-propaganda do guaraná Caçula e, para a divulgação do produto, era importante que ela ganhasse. A rivalidade entre as duas tornou-se real e persiste até hoje entre os fãs.

Nos anos 1950, enquanto Marlene ostentava o título de "favorita da Aeronáutica", outorgado pela FAB (Força Aérea Brasileira), Emilinha era a "favorita da Marinha".

A rivalidade rendeu um musical, "Emilinha e Marlene - As rainhas do Rádio", que estreou no Rio em 2011.

TEATRO E TV

Além de cantora, Marlene também trabalhou como atriz no teatro, na televisão e no cinema. Em 1950, participou da revista "Deixa que eu chuto", no teatro João Caetano, onde seu corpo será velado.

Em 1952 gravou seu maior sucesso, o samba "Lata d'Água", de Luiz Antônio e Jota Junior.

Na década de 1980, Marlene participou da montagem da "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, que percorreu o país por dois anos.


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