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Sergio Capisano (1947-2013)

Um médico e sua última viagem

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Em 2009, Sergio Capisano ouviu do médico o diagnóstico e logo em seguida decidiu viajar. Pegou a mulher e os dois filhos e zarpou para a Itália para conhecer a região da Calábria, terra de seus avós.

Naquele ano, descobrira ter esclerose lateral amiotrófica, uma doença que causa degeneração dos músculos.

Ele sabia que não haveria cura. Paulistano, filho de um psicanalista e de uma professora, Sergio havia se formado em medicina em meados da década de 70, em Santos.

Após concluir os estudos, retornou para a capital paulista para exercer a profissão. Clínico e cirurgião, passou por diversos hospitais de São Paulo, teve o próprio consultório e, no final da carreira, dedicou-se à acupuntura.

A rotina era puxada, como lembra a irmã Vera, mas Sergio achava tempo para suas paixões: jogar futebol e tênis no Esporte Clube Pinheiros e ouvir seus discos de jazz. A família conta que ele, contrabaixista na juventude, não passava um dia sequer sem música.

Palmeirense roxo, também não perdia os jogos de seu time. Costumava levar filho e sobrinhos para o estádio.

Foi casado com a dona de casa Ruth, com quem teve os filhos Marcos, palmeirense, e Guilherme, são-paulino.

Separado da primeira mulher, reencontrou há alguns anos, pela internet, a atriz Sílvia, que conhecera em Santos na época da faculdade. Casou-se pela segunda vez. Foi Sílvia quem o acompanhou em sua última viagem, à Itália.

Morreu na sexta-feira (15), aos 65 anos, em decorrência da doença degenerativa. A missa do sétimo dia será celebrada na quinta, às 12h, na igreja São José, em São Paulo.


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