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Alerta de sirenes não foi obedecido, diz Defesa Civil

Morador alega que fazia muito barulho; em dois locais com mortes, não havia equipamento

DO RIO DE BRASÍLIA

Parte das vítimas das chuvas em Petrópolis poderia ter sobrevivido, na avaliação da Defesa Civil estadual, se os moradores tivessem atendido ao alerta das sirenes e deixado rapidamente a área.

Em dois pontos onde houve mortes (Bingen e Lagoinha), no entanto, não havia sirenes, porque elas são classificadas como áreas de risco 3 em uma escala de 1 a 4 -os equipamentos são colocados apenas em regiões com grau máximo de risco.

"Foram mortes provocadas por deslizamentos pontuais, ou desabamento de casa. Não tem como acompanhar cada ponto", disse o tenente-coronel Gil Kempers, coordenador do Cestad (Centro Estadual de Gestão de Desastres).

Segundo ele, das 18 sirenes instaladas, nove foram acionadas às 21h30 de domingo. As primeiras ligações relatando deslizamentos foram registradas às 23h.

"É necessário uma mudança comportamental. Tocou a sirene, tem que sair. Não vamos acioná-la sem necessidade", disse Kempers.

Com base no volume de chuvas, o órgão identifica locais onde há risco de deslizamentos e pede à Defesa Civil municipal o acionamento da sirene do local.

As sirenes são o sinal para que moradores deixem suas casas e sigam para os pontos de abrigo determinados pela Defesa Civil municipal.

Alguns moradores afirmam que o barulho da chuva provocado pelas telhas de amianto, comuns na região, abafou o som das sirenes.

"Fazia muito barulho. Por isso, não ouvimos a sirene. Era como uma voz do além. E, quando ouvi, não sabia o que fazer", disse a aposentada Josemary Lobato, 51.

Kempers afirmou que as defesas civis municipais fazem treinamento mensal nos locais de risco.

Para Rafael Schadeck, diretor do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), os moradores de área de risco resistem em deixar suas casas debaixo de fortes chuvas porque temem ser roubados.

"Eles não querem deixar seus bens para trás. Têm insegurança de ficar uma noite fora de casa", afirma o diretor da instituição.


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