Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ilustrada - em cima da hora

Emílio Santiago morre no Rio aos 66

Com 30 discos lançados, cantor estava internado desde o início do mês após sofrer um acidente vascular cerebral

Para além de "Saigon" e "Verdade Chinesa", carioca era considerado um dos maiores intérpretes do país

DE SÃO PAULO DO RIO

O cantor e compositor Emílio Santiago morreu ontem, aos 66 anos, no Rio. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, desde o dia 7 de março, após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico e teve complicações respiratórias e cardíacas.

Nascido no Rio em 1946, Santiago formou-se em Direito e despontou para a carreira musical em festivais universitários na década de 1970.

Na mesma época, chegou às finais do programa "A Grande Chance", de Flávio Cavalcanti, gravando em 1973 seu primeiro compacto, "Transas de Amor".

Dois anos depois, foi descoberto por Durval Ferreira, que produziu seu primeiro LP, "Emílio Santiago", com músicas de João Donato, Gilberto Gil, Jorge Ben, entre outros.

Em 1976, lançou "Brasileiríssimas", com repertório focado em samba, uma das marcas de sua carreira. No ano seguinte, foi a vez de "Feito pra Ouvir", produzido por Roberto Menescal.

No restante dos anos 1970, lançou um disco por ano, cantando Chico Buarque, Roberto Carlos, Tom Jobim.

Nos anos 80, ganhou duas vezes o prêmio MPB Shell (com "Pelo Amor de Deus", em 82, e "Elis, Elis", em 85).

A convite de Menescal, lançou em 1988 o disco "Aquarela Brasileira". Com o sucesso, fez uma série homônima, com mais seis volumes até 95.

Em 1989, no segundo LP da série, conquistou grande sucesso com "Saigon", de Cláudio Cartier, Paulo César Feital e Carlão.

"Fiz em cima da Guerra do Vietnã, e um paralelo com um casal em briga. Emílio teve uma importância grande na minha carreira", disse Feital.

"Achavam que a gente tinha pago jabá nas rádios para tocar sem parar. Estourou porque Emílio adubou aquela flor", comentou Cartier.

Dono de um repertório romântico, lançou outro sucesso, "Verdade Chinesa" (Gilson e Carlos Colla), em 1990.

Em 2010, lançou com "Só Danço Samba", primeiro disco de seu selo, o Santiago Music -no passado, o álbum também foi lançado em DVD.

O corpo do cantor, que não era casado nem tinha filhos, será enterrado hoje, às 11h, no cemitério Memorial do Carmo, no bairro do Caju, no Rio.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página