São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 1999



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Morte em massa inaugura o século
| Espírito da época
 
ESPÍRITO DA ÉPOCA

OS
NÚMEROS
DA GUERRA

65 milhões
Homens mobilizados


10 milhões
Mortos


21 milhões
Feridos gravemente


US$ 200 bilhões
Prejuízos


A MAIOR
PERDA
EM UM DIA

57.470
soldados do Exército britânico morreram no dia 1º de julho de 1916 na batalha de Somme, em território francês

AS
INVENÇÕES
NO FRONT

Tanque de guerra

Gases venenosos

Avião

Metralhadora

Submarino

O DOMÍNIO
DO IMPÉRIO
BRITÂNICO

À época da guerra, o Império Britânico tinha sob seus domínios
400 milhões
de pessoas, ou um quarto da população da Terra

EU VI

“Numa noite, Jacques,
enquanto patrulhava, viu ratos
correndo por sob os capotes
desbotados (dos cadáveres),
ratos enormes, gordos de carne
humana. Com o coração aos
saltos, ele se arrastou até um
morto.
O capacete tinha rolado. O
homem mostrava o rosto em
esgares, sem carne, o crânio nu,
os olhos comidos. Uma
dentadura tinha escorregado
para a camisa apodrecida, e da
boca escancarada saltou um
animal imundo”
(R. Naegelen, citado em “Guerras Ditas, Guerras Silenciosas e
o Enigma Identitário”, ensaio de “História da Vida Privada 5”)

POESIA
NAS TRINCHEIRAS

“Come-se e bebe-se ao lado dos
mortos. Dorme-se no meio de
moribundos. Canta-se e ri-se na
companhia de cadáveres”

(Georges Duhamel, 1884-1966, escritor e poeta que
participou como médico na batalha de Verdun)


“Quando meu irmão e eu construímos nossa primeira máquina voadora capaz de transportar o homem, pensamos estar introduzindo no mundo uma invenção que impossibilitaria futuras guerras”
(Orville Wright, em 1917, ao constatar que os aviões
não haviam evitado a Primeira Guerra Mundial)
TRÊS
MITOS

Reprodução

BARÃO VERMELHO

Um nobre alemão, o barão de Richthofen, foi o aviador mais temido na Primeira Guerra. Apelidado de Barão Vermelho, por causa da cor com que pintara os aviões de sua esquadrilha, o barão derrubou 80 aeronaves antes de seu Fokker ser abatido em Somme, na França, em 1918. Tinha 26 anos. Foi sucedido por Hermann Goering, que seria um dos comandantes de Hitler na Segunda Guerra
LAWRENCE
DA ARÁBIA
T.E. Lawrence (1888-1935) virou lenda ao provocar fissuras no Império Otomano, aliado dos alemães. Foi Lawrence quem estimulou o emir de Meca, Hussein, a promover em 1916 uma revolta contra os otomanos. Em troca, os britânicos apoiariam a criação de um reino árabe independente. As estratégias de Lawrence serviram para frear a penetração dos alemães no norte da África
Reprodução

MATA HARI
Uma bailarina que se apresentava quase nua foi o maior mito entre os espiões da Primeira Guerra. Mata Hari, ou Margarette Zelle, foi fuzilada em 15 de setembro de 1917 pelos franceses. Era acusada de espionar para a Alemanha desde 1916 e seria responsável por 50 mil mortes. Ela foi recrutada pelos alemães por causa de sua lista de amantes: muitos eram oficiais franceses

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