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Itália supera uruguaios, calor e pênalti e fica em 3º
Após empate no tempo normal, italianos vencem e levam o bronze
Ao vencer o Uruguai na disputa de pênaltis, ontem, após um jogo que começou às 13h na Bahia, a Itália pareceu comemorar duas vezes: tanto a "medalha de bronze" da Copa das Confederações quanto o simples final do jogo.
A seleção dos astros Balotelli e Pirlo, que não teve nenhum deles por lesão, superou uma lista de adversidades até triunfar graças a três defesas do veterano goleiro Buffon, 35, que vinha sendo criticado no seu país.
Houve empate no tempo normal por 2 a 2, com três dos quatro gols saindo de bolas paradas, alternativa ideal ante o sol de quase meio-dia.
Sem bolas na rede na prorrogação, a definição ocorreu nas penalidades máximas. Forlán, Cáceres e Gargano pararam em Buffon, que na semifinal não havia salvado nenhuma cobrança contra a Espanha. O único italiano a desperdiçar foi De Sciglio, que não passou por Muslera.
Até então, o herói do dia vinha sendo o atacante uruguaio Cavani, autor de ambos os tentos sul-americanos. Antes de cada um deles, Astori e Diamanti colocariam os europeus à frente do placar.
"Já estávamos praticamente esvaziados", disse o técnico vencedor, Cesare Prandelli, sobre o cansaço de seus atletas. A equipe teve um dia a menos de descanso em relação ao adversário e 30 minutos a mais de uma outra prorrogação nas pernas.
Na quinta, quando caiu para a Espanha, para completar, Fortaleza registrava mais de 30 graus. O departamento médico da Itália se queixou publicamente do calor e da umidade cearenses.
Na capital baiana, a temperatura ficou nos 28 graus. Ao todo, eram nada menos que sete desfalques. Os mais de 43 mil torcedores presentes na arena viram o time que, apesar de tudo, ainda conseguiu ter quase 60% da posse de bola, ganhar e festejar o terceiro lugar do torneio.
TECNOLOGIA E VAIA
A partida também foi a primeira a usar a tecnologia da chamada "bola inteligente" na Copa das Confederações.
A estreia do advento ocorreu para esclarecer a autoria do primeiro gol do jogo, aos 24 min da etapa inicial.
O italiano Diamanti perdeu a autoria do gol para o zagueiro Astori --em cima da linha, ele completou a jogada em que o goleiro uruguaio Muslera havia falhado.
Após a decisão nos pênaltis a favor da Itália, a torcida não perdoou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. O cartola recebeu apupos da plateia na cerimônia de premiação do terceiro lugar.
A vaia aconteceu quando ele teve o nome anunciado para entregar as medalhas.
Valcke ficou conhecido no país pelo episódio do "chute no traseiro do Brasil", no ano passado, quando cobrou mais rapidez para as obras.