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Com medo da reação palmeirense, campeões demoram a comemorar

SÉRIE A Atletas do Flu evitam o conflito enquanto aguardam resultado de Vasco x Atlético-MG

DOS ENVIADOS A PRESIDENTE PRUDENTE DO RIO

Leandro Vuaden fez o gesto um pouco mais exagerado quando um árbitro dá fim a uma partida porque sabia que a disputa pelo Brasileiro terminava ali.

Mas os jogadores do Fluminense não. Eles não correram, poucos se abraçaram.

Dois foram os motivos que atrasaram a comemoração: primeiro, os jogadores da equipe carioca temiam a reação da torcida palmeirense.

Em uma conversa no vestiário, antes da partida, os atletas decidiram não festejar sem antes ver qual seria a reação dos torcedores.

Havia o temor de que, com a iminente queda palmeirense, a torcida invadisse o gramado, o que não aconteceu.

"Teve o temor da violência, mas também estávamos esperando saber direito os resultados, estava meio confuso", disse o atacante Fred.

Por determinação de Abel Braga, não estava sendo informado aos jogadores o resultado da partida entre Vasco e Atlético-MG, que influenciava diretamente na possibilidade de saírem campeões no interior paulista. O alto-falante só anunciou que o Atlético ganhava no intervalo da partida, quando os atletas estavam no vestiário -o Vasco empatou no segundo tempo.

Foram cinco minutos até o elenco do Fluminense perceber, pelos torcedores, que se esmagavam no alambrado, que o Vasco havia ajudado.

A partir daí, a comemoração foi normal, com abraços, reza, declarações de amor ao clube e à torcida para um estádio praticamente vazio.

Pouco mais de 8.000 torcedores pagaram para ver o jogo. Destes, menos de 2.000 eram tricolores, que viajaram de ônibus ou avião para Presidente Prudente, 558 km distante de São Paulo. O Palmeiras escolheu o Prudentão, após descartar Araraquara, para cumprir a quarta e última partida de suspensão.

"A torcida veio como pôde, o importante é ser campeão. Não dava para esperar jogar no Rio para erguer a taça", declarou Abel Braga.

A delegação do Fluminense voltaria ontem ao Rio para ir em carreata do aeroporto Santos Dumont até as Laranjeiras, onde fica a sede do clube, que desde cedo fora tomada pela torcida.

O clube ficou tão cheio, que, após ao fim do jogo, foi fechado. Do lado de fora, cerca de 5.000 torcedores que não puderam entrar comemoravam jogando talco no ar. O Fluminense é conhecido como "pó de arroz".


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