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Maracanã só deverá ser entregue em abril
Privatização da arena carioca é alvo de protestos
O COL (Comitê Organizador da Copa) já trabalha com a possibilidade de o Maracanã, palco da decisão da Copa das Confederações, no dia 30 de junho, ser entregue apenas no mês de abril.
Embora os executivos da entidade não comentem publicamente sobre o atraso, eles consideram difícil que o consórcio entregue a obra até o dia 28 de fevereiro, prazo estabelecido pela Fifa.
O mais tradicional estádio do país-sede da competição tinha 75% das obras concluídas até o mês passado.
Atualmente, a principal operação no canteiro de obras é a preparação da nova cobertura. Nos próximos dias, os cabos que vão sustentá-la serão içados.
A operação contará com uma equipe de 25 alpinistas para, com o apoio de guindastes para ajudar no ajuste das peças dos cabos de aço nos pontos mais altos e críticos da estrutura metálica e na colocação da lona de teflon e fibra de vidro.
A lona terá 68,4 metros de comprimento e vai cobrir cerca de 76 mil dos mais de 79 mil novos assentos.
Antes da cerimônia de abertura da Copa das Confederações, o governo do Rio pretende passar o estádio para a iniciativa privada.
No mês passado, cerca de 500 pessoas protestaram contra a privatização do Maracanã em audiência pública.
A empresa que se interessar em administrar o estádio, cuja reforma está orçada em R$ 859,9 milhões, terá de desembolsar R$ 714 milhões em 35 anos, período de concessão prevista pelo governo.
O custo combina a outorga a ser paga ao Estado e investimentos obrigatórios.