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Lolla lá

Com 167 mil ingressos vendidos em três dias, festival se consolida como o maior de São Paulo e anuncia datas para 2014

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Num momento de crise nos grandes eventos musicais deSão Paulo, com cancelamento de eventos e pouca plateia nos grandes shows dos últimos meses, o segundo Festival Lollapalooza Brasil mostrou força ao vender 167 mil dos 180 mil ingressos disponíveis ao público.

No encerramento da maratona, ontem, sua produtora anunciou as datas da terceira edição, no ano que vem.

Em 2012, o primeiro Lollapalooza no Brasil -festival criado nos Estados Unidos em 1993 e "importado" pela GEO Eventos para o país- teve dois dias e emplacou um grande nome do rock ao final de cada noite (Foo Fighters e Arctic Monkeys).

O resto da programação era composto por bandas novatas ou de pouca projeção.

Desta vez, ampliado em mais um dia, o Lollapalooza reuniu um line-up mais poderoso. Os headliners (principais atrações de cada dia) foram o pop Killers, a dupla de rock e blues Black Keys e o veterano Pearl Jam, uma das maiores bandas de rock do planeta.

Com 60 mil ingressos diários disponíveis, vendeu 52 mil no primeiro, 55 mil no segundo e teve, ontem, lotação máxima. Não repetiu as vendas parciais e decepcionantes de shows recentes na cidade como Madonna e Lady Gaga, no final de 2012.

Enquanto festivais como SWU e Planeta Terra não anunciam novas edições, dando sinais de esgotamento, o Lollapalooza 2014 foi confirmado. Será novamente na Páscoa, entre os dias 18 e 20 de abril.

Mas o momento do Lollapalooza Brasil não é só comemoração. Problemas enfrentados pelo público deste ano pedem soluções para a próxima edição. O evento foi sediado no Jockey Club de São Paulo, uma arena que as chuvas da última sexta-feira transformaram em lamaçal.

Mesmo com a trégua da chuva nos dias seguintes, a lama persistiu. Pior: o cheiro de estrume foi forte por todo o local, agravado por muita sujeira. Com longas filas nos banheiros químicos, qualquer canto foi usado para essa função.

Na sexta-feira, a fila para troca de ingressos comprados pela internet demorava quase duas horas. O problema foi sanado nos dias seguintes.

Mesmo com adversidades, o público do festival foi animado. Garotos enfrentavam a lama com galochas e, animados, atendiam a todos os pedidos dos cantores ("Pulem!", "Mãos pra cima!", "Batam palmas!").

Há pelo menos duas soluções claras para melhorar o Lollapalooza sem sair do Jockey Club. Cobrir o terreno com placas emborrachadas -as mesmas usadas em campos de futebol para que os shows não estraguem o gramado-, sinalizar as lixeiras e iluminar os trajetos entre um palco e outro.

Como está, a química do festival ainda dependerá de grandes atrações para que o fã continue pagando R$ 350 por dia para vê-las.


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