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"Não poderia reunir só rock", diz Medina

Empresário diz que festival sempre misturou estilos e que, sem isso, não é possível viabilizar um evento desse porte

Fã de James Taylor e Frank Sinatra, sem intimidade com o rock, ele aposta neste ano em Bruce Springsteen

DO ENVIADO AO RIO

Roberto Medina diz que muita gente compra o ingresso do festival menos pelos artistas e mais para sentir a experiência de ir ao Rock in Rio.

Segundo ele, isso explica por que boa parte dos ingressos foram comercializados em pré-venda, antes do anúncio das atrações do evento.

Fã de James Taylor e de Frank Sinatra, Medina admite que tem pouca intimidade com o ritmo que escolheu como título de seu festival.

Para definir a escalação das atrações do evento, o publicitário usa pesquisas.

"Sou um publicitário que produz shows e não um especialista", diz.

"Meu mundo de música é outro", revela, lembrando que, na edição do evento de 2011, queria mesmo era ver Elton John e Stevie Wonder.

Nesta edição, ele aposta muito no sessentão em alta Bruce Springsteen ("Vai ser o grande show do evento").

Medina acha graça nas reclamações de que o festival não tem só rock, que também surgiram na edição 2011.

Diz que, desde o primeiro Rock in Rio, de 1985, é assim: teve Ivan Lins, George Benson e Elba Ramalho entre bandas de rock. Para ele, não é possível fazer um evento desse porte só com rock.

"Fiz um de dia new wave, um de rock brasileiro... Mas o cara do pop não se manifesta, é o roqueiro que fica reclamando na rede. Você vai aprendendo a lidar."

PREÇO EXAGERADO

Criador de um produto que vingou mesmo realizado em diferentes épocas e contextos econômicos -1985, 1991, 2001 e 2011-, Medina diz que "está difícil viver no país" por causa dos preços.

"No caso da música, já se começa a ver que a coisa não é bem assim. Madonna não vendeu nada, Lady Gaga também não vendeu."

Para o empresário, em ambos os casos, o preço do ingresso -"muito exagerado"- foi o vilão da história. "Lady Gaga poderia lotar aquele espaço, que é gigante [o estádio do Morumbi], mas a R$ 600 fica difícil."

Segundo Medina, a solução para a crise no setor de entretenimento musical passa por reajustes nos cachês dos artistas.

Medina afirma que, com mercado reduzido na Europa, por causa da crise, Ásia e Brasil se tornaram players importantes.

"Como é que o Rock in Rio, com 14 horas de shows por dia em uma grande estrutura e com conforto, custa R$ 260?", questiona.

"O ingresso mais barato de outro festival brasileiro é R$ 350. Como pode? Esse valor é, no mínimo, estranho."

Roberto Medina conta casos do Rock in Rio

folha.com/no1256566


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