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Festival trará rock de garagem e pop indie
GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULONa primeira edição do festival Lollapalooza em São Paulo, em 2012, a banda Cage The Elephant não se deixou atrapalhar pelo horário geralmente desfavorável do início da tarde, quando o público costuma ser menor e menos empolgado.
Com rock de garagem, cheio de referências grunge e punk, e alguns hits dos dois primeiros álbuns já na boca do público, o grupo formado no Estado americano do Kentucky conquistou a plateia debaixo de sol. Enlouquecido, o vocalista, Matt Shultz, chegou a "mergulhar" duas vezes no público para cantar em meio à multidão.
Desta vez, dois anos depois, o Cage The Elephant volta ao festival em 5 de abril para mostrar amadurecimento com repertório baseado em "Melophobia", terceiro álbum de estúdio, lançado em outubro. Segundo o guitarrista, Brad Shultz (irmão do vocalista), é o disco mais completo da banda.
O título do trabalho, que significa "medo de música", se encaixa no que querem fazer agora: "uma música fora da caixa", diz o guitarrista à Folha. "Não é uma coisa ruim querer fazer música inteligente, mas acho que estão fazendo música inteligente só para alimentar um modelo de ser a banda cool'", critica.
SÃOS E SALVOS
Também no primeiro dia de Lollapalooza, o público poderá conferir show do duo novato de pop indie e música eletrônica Capital Cities.
Mesmo quem não conhece a dupla californiana, provavelmente, já ouviu por aí seu maior hit, "Safe and Sound" (são e salvo, em português), um dos mais tocados mundo afora no último ano.
O clipe da faixa tem mais de 66 milhões de visualizações no YouTube e foi um dos indicados ao Grammy. O prêmio, porém, ficou com "Suit & Tie", de Justin Timberlake.
"[O sucesso] é surpreendente. Nunca imaginamos quão grande a canção iria se tornar", diz o músico Ryan Merchant à Folha.
O inusitado, aliás, faz parte da história do Capital Cities. A dupla se conheceu em 2008 por meio de um site de classificados.
Na época, ainda sem planos de ter uma banda, Merchant e Sebu Simonian se reuniram para criar canções para comerciais, trabalho que agora ficou no passado, embora ainda contribua nas composições. "Essa experiência nos ajuda a escrever coisas que peguem na cabeça das pessoas", diz.