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Zaz toca pop com tom de cabaré em São Paulo
Cantora que se apresentava no metrô de Paris é francesa que mais vende no exterior
Zaz canta que não quer limusine, suíte no Ritz e nem a torre Eiffel. Ela quer amor, alegria e bom humor. Com esse desprendimento ela conquistou fãs em 2010 com a canção "Je Veux" (eu quero).
Isabelle Geffroy, a cantora francesa Zaz, 33, faz neste mês sua primeira turnê pela América Latina, apresentando sua mistura de pop e jazz com tons de cabaré e piano-bar.
Apesar de ser sua primeira vez no país, ela menciona a música brasileira como uma de suas influências. "Gosto do Gilberto Gil, mas há muitos bons músicos, autores e verdadeiros poetas, e o samba", diz ela à Folha, por telefone, de Belo Horizonte, onde tocou na quarta-feira.
Ela diz gostar de cantar "Corcovado", de Tom Jobim, e outra que não lembra o nome, mas cantarola. É a música "Só Danço Samba". Entre outras referências cita a islandesa Björk e Paco de Lucía.
Sem trabalho quando se mudou para Paris, após cantar em bares e grupos musicais em diversas cidades, Zaz passou a tocar nas ruas e metrôs da capital francesa.
"Quando você não é famosa, as pessoas param não porque você é uma personalidade, mas por causa da música", diz. Zaz usa sua imagem para ajudar projetos como o Colibris, movimento pela consciência ecológica que luta contra a desertificação.
Seu segundo álbum, "Recto Verso", foi o disco produzido na França mais vendido no exterior em 2013, somando cerca de 300 mil cópias.
O colunista do "New York Times" Paul Krugman diz que as letras de Zaz "parecem uma paródia de legendas de um filme francês antigo". É fofura cantada em voz grave, mas com leveza.