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Retomada de lançamentos de ações não sustenta Bolsa

Nova onda de abertura de capital é vista com ressalva por especialistas

Desempenho fraco da economia é apontado como entrave à recuperação do mercado acionário

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A retomada dos lançamentos de ações (IPOs, na sigla inglês) na Bolsa brasileira em 2013 é positiva, mas não deve sustentar uma recuperação do mercado ao longo do ano, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha.

Só de janeiro até este mês, seis empresas começaram a ter papéis negociados na BM&FBovespa. O número ainda está longe dos 64 IPOs de 2007, período pré-crise global, mas já é o dobro dos três que foram realizados em todo o ano passado.

"Isso é ótima notícia para a Bolsa brasileira, que carece de sangue novo. Não dá mais para sermos reféns da Petrobras, da Vale e das ações do Eike Batista", diz Rodolfo Amstalden, analista da Empiricus Research.

"As ofertas também ajudam a atrair novos investidores para a Bolsa, inclusive pessoas físicas."

O sucesso dessas novas ofertas, segundo Amstalden, está ligado às perspectivas para cada companhia individualmente e independe do atual quadro econômico deteriorado do país, com taxa básica de juro (a Selic) maior, inflação elevada e PIB (Produto Interno Bruto) fraco.

"O cenário atual é diferente do de 2007 porque, naquela época, qualquer empresa começou a ponderar entrar na Bolsa. Acabaram entrando companhias sem preparo para lidar com o mercado", diz Amstalden.

O especialista ressalta que, hoje, o investidor que já teve a experiência anterior com empresas ainda cruas não vai se interessar por "qualquer papel".

QUEDA

O contexto econômico, porém, pesa contra o desempenho da Bolsa como um todo, pressionando o Ibovespa, o principal índice do mercado.

Em 2013, enquanto as Bolsas dos EUA, por exemplo, sobem mais de 9%, o Ibovespa acumula queda de 11%. A ineficácia das medidas de estímulo econômico é apontada como principal barreira.

"O exterior deixou de ser o o grande fator negativo para nossa Bolsa. O que está assustando mais os investidores, principalmente os estrangeiros, é que a atuação do governo não tem mostrado resultado", afirma William Alves, da XP Investimentos.

Analistas já têm reduzido estimativas para o desempenho da Bolsa no ano. É o caso de Nataniel Cezimbra, do BB Investimentos, que revisou a projeção do Ibovespa para o fim de 2013 de 70 mil pontos para 63 mil pontos.


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