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Incorporação de loja independente é estratégia para 'vitaminar' redes

Operação permite agilizar expansão da marca no mercado; compatibilidade deve ser avaliada

Entre vantagens para franqueado estão compras em escala e acesso a marca já conhecida no mercado

MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO

Diante de um mercado aquecido em segmentos como varejo e serviços, uma estratégia de expansão ganha espaço entre as redes de franquia no Brasil: a conversão de bandeira.

A conversão ocorre quando uma marca de franquias, em vez de buscar empresários dispostos a investir do zero em uma nova loja, incorpora à sua rede um negócio já estabelecido no mercado.

O empresário, antes independente, se torna então um franqueado, adotando marca, padrão visual, treinamento e outras práticas de mercado da rede. Em troca, tem de pagar as taxas de royalties ao franqueador (veja quadro).

Segundo especialistas, um dos principais motivos para a adoção dessa estratégia pelas redes é a busca por expansão rápida. Em alguns setores, a falta de bons pontos comerciais estimula a prática.

"A conversão traz vantagens para os dois lados, mas exige 'compatibilidade' entre os parceiros, como um casamento", diz André Friedheim, da consultoria Francap.

A Remax, rede de imobiliárias americana que chegou ao Brasil em 2009, usou essa estratégia para acelerar sua expansão no país. Das 240 unidades, 60% são de ex-donos de imobiliárias.

"Com a conversão, trazemos corretores experientes ao time e ampliamos o volume de vendas rapidamente. ", diz Renato Teixeira, presidente da Remax.

ESCALA

Um dos principais benefícios para o franqueado, dizem consultores, é entrar para uma rede de negócios, obtendo vantagens como compras em escala e condições especiais de financiamento.

Franqueados também relatam aumento das vendas após a mudança de marca.

Michel Spercel, que se tornou franqueado da rede de farmácias Farmais há cerca de um mês, diz que um dos primeiros efeitos da troca foi a redução da taxa paga nas transações com cartões.

Dono há cinco anos de uma farmácia em São Mateus, em São Paulo, ele afirma que se interessou pela conversão para "afastar a concorrência".

"Além disso, com as tarefas do dia a dia, faltava tempo para me dedicar a atividades como propaganda e organização da loja", diz.

A Farmais converteu 26 farmácias em 2012, de um total de 52 lojas inauguradas.

Mas há cuidados a serem tomados. Analisar o histórico financeiro do futuro franqueado e conhecer a cultura da rede é aconselhável para evitar que o "casamento" entre em crise.

Altino Cristofoletti, da Casa do Construtor, rede de aluguel de equipamentos, conta que, por erro de avaliação de ambas as partes, um dos negócios convertidos não trouxe o resultado esperado.

"Por isso, é importante ter seleção e monitoramento constantes", avalia.


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