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Burocracia eleva em 12% preço de imóvel, diz estudo
Falta de padronização nos cartórios e atraso em prefeituras são alguns dos problemas
A burocracia na construção civil consome R$ 18 bilhões por ano e aumenta em até 12% o valor final do imóvel, segundo estimativa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria de Construção) em estudo divulgado ontem.
A conta é paga pelo comprador, afirmou a entidade.
Os principais problemas decorrentes da burocracia excessiva, de acordo com a CBIC, são o atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras, a falta de padronização dos cartórios e a falta de clareza nas avaliações das licenças ambientais.
O estudo entrevistou empresas e associações da construção imobiliária. Ele também se baseia em experiências no Brasil e em outros países para apontar soluções.
Entre elas, a CBIC sugere a criação de um balcão único para projetos imobiliários, modelo que já foi implementado no Rio de Janeiro.
O balcão único reduz a tramitação da papelada entre secretarias e simplifica a análise, explicou o documento.
O estudo sugere ainda adoção de projetos-piloto em algumas cidades para buscar alternativas para reduzir o custo da burocracia.
Outra prática adotada na Espanha concede um desconto de 30% no registro do imóvel caso o processo demore mais de 15 dias.
No total, se todas as iniciativas propostas no estudo fossem colocadas em prática, a CBIC estima que, além de reduzir custos, o prazo de entrega de imóveis diminuiria quase pela metade, de 60 para 32 meses.