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Troca na Oi garante distribuição de dividendos

Operadora confirma troca no comando e busca, em até três meses, substituto para Valim

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Após um ano e meio, Francisco Valim deixou a presidência da Oi. A decisão foi confirmada ontem pelo conselho de administração e oficializada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Interinamente, assume o posto o presidente do conselho, Jose Mauro Mettrau Carneiro da Cunha. Ele se licenciou do cargo até que um novo executivo seja contratado. Na presidência do conselho ficará José Augusto da Gama Figueira, suplente de Cunha.

A partir de agora, está aberto o processo de seleção do novo executivo. Empresas especializadas serão contratadas para essa tarefa, seguindo a política definida no estatuto da companhia.

Os acionistas querem que o processo seja definido em, no máximo, três meses.

DESENTENDIMENTOS

A Folha apurou que a destituição de Valim já era uma decisão dos controladores no início de dezembro.

O executivo começou sua gestão anunciando, em abril, um plano de investimento da companhia de 2012 até 2015. De acordo com ele, serão desembolsados R$ 6 bilhões por ano e R$ 2 bilhões serão distribuídos, no mínimo, em dividendos aos acionistas.

Em uma reunião ocorrida na primeira semana de dezembro com representantes dos controladores, Valim anunciou que não seria possível investir menos que R$ 7,5 bilhões.

A proposta gerou resistência porque comprometeria a distribuição de dividendos (que ficaria abaixo do previsto). Não era somente uma questão de remuneração dos acionistas. A queda colocaria a credibilidade da companhia em xeque, comprometendo os investimentos futuros.

Para tranquilizar o mercado, a Oi divulgou ontem uma prévia do balanço de 2012, que sairá em fevereiro. Ele mostra que a meta de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi garantida, bem como a distribuição de dividendos.

A receita de serviços ficou em R$ 27,5 bilhões. Falta ainda a receita gerada pela venda de aparelhos, que não deverá chegar a R$ 1,5 bilhão. No total, a meta de receita não será atingida, mas, por outro lado, não serão gerados custos adicionais.

Valim, que estava em férias até anteontem, teve seu orçamento para 2013 negado e foi substituído. Cunha garantirá o cumprimento do plano e a distribuição dos dividendos.

Ontem, as ações com voto fecharam a R$ 9,01, queda de 6,3%. As preferenciais caíram 7,8%, fechando a R$ 8,02.

Procurados, a Oi e os controladores não se pronunciaram. Francisco Valim não ligou de volta até o fechamento desta edição.


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