Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Jornal transcreve comunicação de pilotos

'Telegraph' publica o que seriam últimos minutos de conversa da equipe do MH370 com tráfego aéreo antes de sumiço

Comunicação é rotina, mas especialistas veem 'eventos não usuais'; buscas no sul do Índico entram no seu 3º dia

DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O jornal britânico "The Daily Telegraph" publicou ontem em seu site uma transcrição do que seriam os últimos 54 minutos de conversa do piloto e do copiloto do voo MH370 da Malaysia Airlines com a torre de controle no aeroporto de Kuala Lumpur (Malásia) --de onde o voo decolou em direção à capital chinesa, Pequim-- e com o controle de tráfego aéreo.

O voo, com 239 pessoas a bordo, sumiu dos radares civis menos de uma hora após a decolagem e está desaparecido desde o dia 8 de março.

No final da noite de ontem (manhã no horário local), aviões e navios de vários países retomaram as buscas no oceano Índico, sem sucesso até a conclusão desta edição.

A transcrição mostra o piloto Zaharie Ahmad Shah, 53, e seu copiloto Fariq Abdul Hamid, 27, em comunicação rotineira com a torre e o tráfego aéreo: o avião é autorizado a decolar de Kuala Lumpur e, depois, o controle de tráfego pede que mude de altitude. A última fala antes do desaparecimento é o "tudo bem, boa noite" do copiloto.

Embora a comunicação transcrita seja de rotina, os especialistas ouvidos pelo "Daily Telegraph" apontaram dois "eventos não usuais".

O primeiro é o fato de os pilotos terem mandado a "mensagem desnecessária" de que a aeronave estava a 35 mil pés, apenas seis minutos depois de, na conversa com o controle de tráfego, essa altitude já ter sido registrada.

Isso poderia ser uma mensagem cifrada do piloto de que algo estava errado.

Foi logo depois do envio dessa mensagem que o sistema de comunicação do voo, conhecido como Acars (na sigla em inglês), ficou fora do ar por 30 minutos --de modo possivelmente deliberado, segundo os investigadores. Isso teria acontecido antes do "boa noite" do copiloto.

O outro evento não usual é que a queda do sistema de comunicação e a mudança de rota para oeste parecem ter acontecido no instante em que o controle de tráfego responsável pelo avião era passado de Kuala Lumpur para Ho Chi Minh, no Vietnã.

"Se eu fosse sequestrar o avião, esse seria o exato momento de fazê-lo", disse ao "Telegraph" Stephen Buzdygan, piloto aposentado da British Airways e experiente em conduzir Boeing-777, modelo do avião desaparecido.

A equipe que busca o avião no sul do Índico entrou no seu terceiro dia sem novidades. Na sexta-feira, aviões e navios também retomaram as buscas no mar de Andaman, entre Índia e Tailândia, em áreas já exaustivamente vasculhadas desde o sumiço.

Desde quinta, quando dois objetos que flutuavam numa remota área do sul do Índico foram considerados pista factível pelo governo da Malásia, aeronaves de Austrália, Nova Zelândia e EUA promovem buscas no local, cerca de 2.500 km a sudoeste da cidade australiana de Perth.

"Algo que estava flutuando no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando", disse ontem o vice-premiê australiano, Warren Truss. "Pode ter ido para o fundo."

Mas as buscas continuam e terão reforços da China e do Japão neste fim de semana.

Ontem, o Pentágono informou que os EUA já gastaram US$ 2,5 milhões na procura.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página