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Análise

'Primavera de Caracas' fica distante com ação do governo

ANDREW CAWTHORNE DA REUTERS, EM CARACAS

Manifestantes vêm saindo às ruas desde o começo de fevereiro, e muitos deles sonhavam com uma "Primavera Venezuelana" que removeria do poder o sucessor escolhido por Hugo Chávez.

No entanto, os vastos números de manifestantes vistos em lugares como o Egito e a Ucrânia jamais se materializaram em Caracas.

E os líderes militares do país não deram a menor indicação de que poderiam abandonar o presidente Maduro, o que é crucial em termos de balanço de poder.

Os líderes dos protestos também se decepcionaram por o entusiasmo não ter se espalhado dos baluartes oposicionistas da classe média para as demais regiões.

Maduro usou os protestos para unir sua fragmentada coalizão socialista em torno de um inimigo comum.

Suas ofertas de diálogo, no auge da crise, ajudaram a atenuar a pressão estrangeira.

Também alimentaram o racha na oposição entre os moderados que favorecem o diálogo e a linha dura que diz que conversar é o equivalente a negociar com assassinos.

As negociações ajudaram a acalmar as emoções e atraíram apoio internacional, do Vaticano e de líderes da Unasul, que ajuda a mediar.

Mas resultaram em poucas mudanças concretas, além de acordos em princípio para estabelecer uma comissão da verdade e investigar a situação dos prisioneiros políticos.

Ainda que Maduro tenha sobrevivido à crise e declarado vitória sobre os oponentes, a quem acusa de tentativa de "golpe" contra ele, os problemas estão longe de ser resolvidos.

Uma economia debilitada e uma forte onda de crimes, duas das principais queixas dos manifestantes, servem para manter a pressão.

Uma pesquisa indica índice de aprovação de 37% ao presidente, o mais baixo desde que ele assumiu.

Agora, com eleições legislativas em 2015 e um possível referendo quanto à manutenção do presidente em 2016, os oponentes precisam voltar a se unir, ou enfrentarão novas frustrações.


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