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Síria oferece ajuda aos EUA no combate a milícia
Regime de Bashar al-Assad propõe ação conjunta contra Estado Islâmico
Proposta cria situação constrangedora para potências ocidentais, que apoiam rebeldes na guerra civil da Síria
O regime sírio ofereceu ajuda à comunidade internacional no combate à milícia radical Estado Islâmico (EI), nesta segunda (25). A oferta inclui a possibilidade de trabalhar com países como Estados Unidos e Reino Unido.
A proposta cria uma situação constrangedora para os governos americano e britânico, que apoiam rebeldes na guerra civil da Síria, contra o ditador Bashar al-Assad.
Segundo o ministro do Exterior sírio, Walid al-Moualem, seu país é um parceiro fundamental para conter os avanços do EI, que dominou áreas na Síria e no Iraque para declarar um califado --país regido pelas leis islâmicas.
"A Síria, geográfica e operacionalmente, é o centro da coalizão internacional para lutar contra o EI", disse Moualem. "Os Estados precisam vir aqui se querem seriamente combater o terrorismo", completou.
A reação das potências ocidentais ao aceno da diplomacia síria foi negativa. Alemanha e Reino Unido descartaram negociar com Assad, assim como os Estados Unidos.
"Ele é parte do problema", disse Ben Rhodes, vice-assessor de segurança nacional do presidente Barack Obama.
O governo americano está analisando a possibilidade de atacar o EI em território sírio. Até o momento, os ataques do Exército dos Estados Unidos à facção radical aconteceram apenas no Iraque.
Para o chanceler sírio, os ataques teriam que ser coordenados com Damasco. "Qualquer coisa fora disso é considerada agressão", diz.
Ainda nesta segunda, a chefe de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, condenou as "graves, horríveis violações dos direitos humanos" cometidas pelo EI.
"Eles estão praticando limpeza étnica e religiosa", disse Pillay. "Essa perseguição pode constituir crime contra a humanidade", afirmou.
IRAQUE
A tensão entre sunitas e xiitas no Iraque tem prejudicado a formação de um governo de conciliação pelo premiê Haider al-Abadi. Nesta segunda, ele pediu às milícias xiitas que ajam em coordenação com o governo.
Pouco depois das declarações do primeiro-ministro, um carro bomba matou ao menos nove pessoas em uma mesquita xiita em Bagdá.