Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Em debate, Alckmin é alvo de rivais por política de segurança

Padilha afirma que polícia de São Paulo 'assassina negros' e Skaf se diz chocado com estupros

Tucano diz que faltava bala e gasolina em gestão do PMDB; ele sancionará veto a máscaras em protestos

DE SÃO PAULO

Os principais adversários do governador Geraldo Alckmin (PSDB) centraram suas críticas à política de segurança pública de São Paulo no debate promovido pela Folha, portal UOL, SBT e Jovem Pan nesta segunda (25).

O evento foi o primeiro confronto entre o tucano, que disputa a reeleição, e os rivais Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT).

O peemedebista explorou o aumento de índices de criminalidade na gestão de Alckmin. Padilha, por sua vez, fez críticas à polícia e chegou a dizer que ela "assassina os negros".

O governador, que lidera a última pesquisa Datafolha com 55% das intenções de votos, não evitou o embate e devolveu os ataques.

"Fiquei chocado quando vi os números dos estupros no Estado. Nos últimos três anos foram 40 mil registros. [...] Nem na guerra da Bósnia tivemos 30 mil, 40 mil estupros", afirmou Skaf, que alcançou 16% das intenções de votos no Datafolha.

Em outra ocasião, o peemedebista disse que a segurança é um problema porque "falta um comando firme do governador". Alckmin rebateu. Disse que, quando ele e Mário Covas assumiram o governo, em 1995, sucederam um chefe de Estado eleito pela sigla de Skaf, Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1995).

"Skaf fala muito de segurança, mas é interessante lembrar que assumimos o governo depois do partido dele, do chefe da campanha dele, o Fleury. A polícia não tinha gasolina. Não tinha bala. Homicídios eram 30 a cada 100 mil habitantes. Hoje é 10 em cada 100 mil", afirmou.

Skaf disse que foi na gestão tucana, no final dos anos 90, que o número de assassinatos chegou ao auge.

MÁSCARAS

Durante o debate, o governador antecipou que irá sancionar lei aprovada pela Assembleia que proíbe o uso de máscaras em manifestações --usadas, por exemplo, por "black blocs" (que defendem destruição de patrimônio).

"Nossa proposta é claríssima: somos contrários a qualquer máscara. Uma coisa é manifestação. Outra são atos de violência." "Ela será sancionada, é óbvio", afirmou.

Alexandre Padilha disse que há uma sensação de impunidade no Estado e que só 5% dos homicídios são esclarecidos. Ele acusou "as polícias de São Paulo" de assassinarem "jovens da periferia, sobretudo os negros".

Alckmin defendeu a polícia. "Não é assassina. É firme e legalista." Depois, disse que Padilha usava dados errados e que o Estava era o segundo com o menor índice de negros assassinados no país.

Com a troca de acusações sobre segurança, a saúde, que aparece como principal preocupação dos paulistas, ficou em segundo plano.

Padilha fez algumas referências ao Mais Médicos --e usou esse nome do programa para dizer que Alckmin tem "Mais Roubos" e "Mais Racionamento". Os candidatos, porém, praticamente não debateram propostas da área.

Já a crise hídrica só foi abordada após pergunta de jornalista. Padilha se comprometeu a não decretar um racionamento de água caso seja eleito. Ele ironizou o tucano por recentes cortes de água na Grande São Paulo.

"Governador, o seu discurso não enche a caixa d'água de ninguém", provocou.

O petista criticou ainda o tucano por não ter entregue linhas de trem e metrô que prometeu em 2010.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página