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Análise

Comportamento pode dizer mais do que as falas muito ensaiadas

RICARDO MENDONÇA DE SÃO PAULO

Depois de assistir a dois programas do horário eleitoral gratuito, o debate entre os candidatos a governador já começa a parecer repetitivo.

Treinados, os candidatos usam o tempo que dispõem para recolocar suas publicitárias frases de efeito ou reafirmar as ideias já di-da-ti-ca-men-te explicadas na TV.

"O absurdo da aprovação automática", diz um, como se estivesse falando disso pela primeira vez na primeira eleição. "Aqui, o PT é o meu adversário", repete outro pela enésima vez. "Temos que acabar com a impunidade." É?

Como tudo é muito ensaiado, até as frases novas parecem velhas: "Seus números não enchem a caixa d'água de ninguém", disse alguém para o governador.

Quando chega nesse ponto, talvez o que valha mais é observar o comportamento geral ou as pequenas reações de cada um no programa.

Nesse campo, o rigor absoluto de Alckmin e de Padilha em seguir o "manual do bom debatedor" chama a atenção. Não cair em provocação. Não estourar o tempo. Não fazer gestos bruscos. Não entrar em discussão ideológica...

O comportamento é tão disciplinado que acaba ganhando importância por si só. Eles poderiam escolher uma forma de participação que parecesse mais autêntica. Optaram pelo figurino.

Pequenas reações também podem ser reveladoras.

Visivelmente contrariado com a insistência de um rival num tema que não lhe interessava, Skaf começou a tratá-lo como "o vereador".

Skaf presidiu a Fiesp. Agora está próximo do vice-presidente da República. Ao seu lado, naquele momento, ele tinha um governador e um ex-ministro de Estado. Então a forma que ele encontrou para colocar o rival incômodo em seu devido lugar foi essa: "o vereador". Significa.


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