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Não há superlotação em salas, diz secretária
Ela afirma que governo não elevou em mais de 15% o nº de alunos/sala, embora pudesse aumentar em até 25%
Após receber a pauta de reivindicações, Débora Vendramini marca novo encontro com docentes para segunda
A secretária da Educação de Ribeirão Preto, Débora Vendramini, voltou a negar ontem que haja salas superlotadas na rede municipal. Após se reunir com docentes, disse que irá analisar os pedidos da categoria e se reunir com o grupo segunda-feira.
Ela já tinha feito a afirmação anteontem no palácio Rio Branco, quando a administração tentou esvaziar a paralisação de ontem.
De acordo com a secretária, o governo não aumentou em mais de 15% o número de alunos por sala, embora tenha recebido aval da Justiça para ultrapassar o limite de alunos em até 25%.
Segundo ela, a secretaria decidiu fechar as salas que contavam com um número menor de alunos para um melhor equilíbrio na rede e a redistribuição de alunos em salas de aulas é um procedimento comum no início dos anos letivos.
Sobre a paralisação dos professores e a suspensão das aulas, Débora afirmou que as escolas estavam de portas abertas, recebendo os alunos.
"Não estamos registrando problemas, está tudo funcionando normalmente", disse. A Folha, no entanto, percorreu unidades escolares e constatou o esvaziamento.
Na escola Hilda Mosca, por exemplo, a diretora Rosângela Raimundini estava em frente ao portão afirmando aos pais que não sabia se haveria professores. Com receio, pais levaram as crianças embora e as aulas foram suspensas.
No fim da manhã, se reuniu com uma comissão formada por seis pessoas, entre pais de alunos e professores, membros da Aproferp (Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto).
Na última terça, a associação protocolou uma pauta de reivindicações na prefeitura. Débora afirmou que, até ontem, não havia recebido o documento dos docentes.
Por isso, foi marcada uma nova reunião para a próxima segunda-feira entre a comissão e a secretária.
"Pela primeira vez, houve uma reunião entre a secretária e a Aproferp. Embora a pauta não tenha sido discutida, isso foi um avanço", disse Leonardo Sacramento, secretário da entidade.
Anteontem, o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, afirmou que o governo dialoga com o Sindicato dos Servidores Municipais, representante legal dos funcionários, e não com a Aproferp.