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Secretária admite falta de 'controle' na saúde

Em depoimento, Rosane Moscardini disse que há 'desassistência' no setor em Franca

A secretária da Saúde de Franca, Rosane Moscardini, admitiu nesta quinta-feira (5) que há falta de controle no cumprimento da jornada de trabalho dos médicos da rede municipal de saúde.

A declaração foi dada à CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Câmara, um dia depois de o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) decretar situação de emergência nas unidades de saúde da cidade para poder contratar médicos em caráter de urgência.

A situação é mais grave no pronto-socorro Álvaro Azzuz, de acordo com a secretária.

A unidade tem 48 médicos, mas uma vistoria do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) apontou a necessidade de mais 25 profissionais para atender a população no local.

A rede municipal de Franca conta com 290 médicos.

Rosane também admitiu que alguns médicos trabalham 48 horas ininterruptas e que não há controle, por exemplo, do intervalo de jornadas. O problema já havia sido denunciado pelos médicos no início do mês.

A CEI da Câmara foi instaurada em março, após a morte de quatro pessoas em três meses na cidade sob suspeita de negligência médica.

Ainda segundo Rosane, a demora no atendimento dos pacientes ocorre porque a prefeitura não consegue completar a escala dos médicos devido a uma "limitação" imposta pelo Ministério Público do Trabalho em 2013.

O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) definiu que os médicos que trabalharem 12 horas precisam ter, ao menos, 11 horas de descanso entre jornadas.

Para Rosane, um projeto elaborado pela prefeitura pode ser a solução para a crise. O Executivo discute com os médicos o pagamento de salários a partir do número de procedimentos realizados. O projeto deve ser enviado para a Câmara em 15 dias.

Rosane disse que a CEI coloca a população "contra a Saúde", mas admitiu que a pasta passa por um "problema de desassistência".


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