Com orçamento estático, Emesp demite professores e coordenadores

Secretaria da Cultura havia tratado iminentes cortes como 'boatos sem embasamento'

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São Paulo
Ao menos cinco professores e dois coordenadores da Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo) foram demitidos neste mês, confirmando o temor exposto publicamente por docentes e alunos no fim de 2017.
A justificativa dada aos professores é de que se trata de contenção de verba.
À reportagem a Santa Marcelina, organização social gestora da Emesp, confirma os cortes, sem especificar o número de demissões, ainda que o orçamento anual dedicado à instituição tenha se mantido igual ao do ano passado, no valor de R$ 20.291.535.
Em 2017, a Emesp dispunha ainda de uma reserva emergencial de R$ 4.555.210.  
Big band da Emesp, que sofreu cortes de docentes neste mês
Big band da Emesp, que sofreu cortes de docentes neste mês - Divulgação

“Foram decisões técnicas e administrativas levando-se em conta a necessidade de manter a totalidade das vagas e das atividades oferecidas”, afirmou a OS. “A decisão considerou a necessidade de otimização da carga horária do corpo docente, sem prejuízo das aulas.”

A Santa Marcelina afirma ainda que não cortará vagas de alunos e que não há previsão de outras demissões.
A Secretaria de Estado da Cultura afirmou que o secretário-adjunto Romildo Campello, após saber das dispensas, convocou os diretores da Santa Marcelina para uma reunião, que ocorreria após o encerramento desta edição, na tarde desta quinta (8).
Em novembro, durante o processo de convocação pública da OS gestora do qual apenas a Santa Marcelina participou, a comunidade vinculada à escola se mobilizou por um aumento do orçamento. O argumento era de que seriam necessários cerca de R$ 5 milhões adicionais, aproximadamente o valor da reserva emergencial, para a manutenção da escola.
Procurada pela reportagem na ocasião, a secretaria afirmava serem “infundados os boatos de corte na escola”. 
“São boatos sem qualquer embasamento, e com o único propósito de causar desgaste desnecessário. Não há razão para preocupação, tampouco nenhum tipo de apreensão.”

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