Descrição de chapéu

Vencedora do Oscar revigora em filme o universo rasteiro do jogo 'Tomb Raider'

Alicia Vikander interpreta Lara Croft e passa no teste

THALES DE MENEZES
São Paulo

TOMB RAIDER: A ORIGEM (tOMB RAIDER)

  • Quando estreia nesta quinta (15)
  • Elenco Alicia Vikander, Dominic West e Walton Goggins
  • Produção EUA, 2018, 14 anos
  • Direção Roar Uthaug

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A mignon Alicia Vikander pode interpretar a heroína de games Lara Croft com o mesmo resultado do mulherão Angelina Jolie? Resumindo o novo filme da franquia "Tomb Raider" a esse duelo, é possível dizer que a nova atriz passa no teste com dignidade.

"Tomb Raider: A Origem" é um filme de ação eficiente, com doses equilibradas de aventura, charme e cenas completamente impossíveis de serem levadas a sério.

O roteiro tenta até encaixar a personagem em situações nas quais seu físico diminuto não tenha relevância. Mas, se tudo fosse, digamos, "real", Alicia iria para o hospital com múltiplas fraturas antes de meia hora de narrativa.

A ideia de contar a origem da personagem é bem sacada, porque permite a aparição de uma Lara Croft inexperiente, ainda aprendendo a brigar e se virar em situações de perigo. No início do filme, ela é apenas uma garota londrina que faz entregas de bicicleta e luta full contact nas horas vagas. E nem luta tão bem assim.

Na verdade, ela é herdeira de um pai bilionário que dividiu sua vida entre negócios e aventuras intrépidas na arqueologia. Por sinal, o clima de "Indiana Jones" é mais acentuado e bem encaixado aqui do que nos dois filmes com Angelina Jolie, em 2001 e 2003.

Lara descobre que o pai, dado como morto, pode estar numa ilha próxima ao Japão, preso numa cripta a entidade Himiko, uma deusa da morte.

Chegando lá, ela encontra um grupo de mercenários em busca do túmulo. O ator Walton Goggins, de "Os Oito Odiados", é ponto fraco como Vogel, um vilão caricato demais.

O fato de o pai dela ainda estar vivo é tão óbvio que nem chega a ser spoiler. Na segunda metade do filme, pai e filha vão enfrentar juntos Vogel e seus capangas para impedir que os malvados tenham acesso ao poder destrutivo que papai Croft atribui à deusa adormecida.

Depois de Indiana Jones, não sobram surpresas para uma história dessas. A melhor atitude é acompanhá-la com a lógica de videogame. Os Croft e os bandidos vão ter de passar por vários apuros, como as fases de um jogo eletrônico.

A sueca Alicia Vikander, Oscar de atriz coadjuvante com "A Garota Dinamarquesa" (2015), tem dotes dramáticos para elevar algumas cenas além do universo rasteiro de uma personagem de game. É uma boa retomada da franquia da destemida Lara Croft.

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