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Amapô leva estética clubber à passarela da SPFW

Marca de Carô Gold e Pitty Taliani faz roupas maximalistas em desfile-espetáculo

Desfile da Amapô na São Paulo Fashion Week - Paulo Whitaker/Reuters
Giuliana Mesquita
São Paulo

A escolha de modelos costuma ser uma das últimas etapas antes de um desfile. Não para a Amapô, que repensa a maneira de construir uma coleção nesta temporada da SPFW. 

O casting nada tradicional foi feito há um ano, quando as estilistas Pitty Taliani e Carô Gold começaram a pensar no que apresentariam. Cada um dos “grupos” de modelos —skatistas, clubbers, drags, punks— representa uma faceta da personalidade das duas.

A partir disso, elas imaginaram como cada um dos personagens escolhidos se vestiria se fossem elas com 20 anos. Dessa memória, a dupla misturou anos 1980 com bordados indianos, pichos com moletons de mangas infladas, ombreiras pontudas com frases de caminhão, jaquetas esportivas com detalhes vitorianos românticos e tênis de skate com glitter.

Toda a coleção foi feita com peças de brechó, desmanchadas e reconstruídas. Essa ideia veio também de memórias das estilistas, que desde adolescentes adoram garimpos.

Essa mistura de referências foi desfilada ao som de hits pop das cantoras Britney Spears, Madonna e Lady Gaga, no salão principal da Sociedade Beneficente União Fraterna, na região central de SP. A plateia foi disposta em mesas de bar em torno da passarela improvisada. 

Muito se discute sobre se o formato clássico de desfile ainda funciona. Talvez não sempre, nem para todo mundo. 

No entanto, quando uma marca como a Amapô mostra um desfile com todos os seus códigos subvertidos, fazendo uma plateia de fashionistas apáticos se animar para essa festa, percebe-se que ainda vale a pena. 

A apresentação da Amapô foi um ótimo exemplo de como inovar, criar imagem de moda forte e peças desejáveis.

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