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"Deadpool" foi uma grande surpresa em 2016. Um nome da Marvel que era aposta improvável no cinema, pelo tom politicamente incorreto em histórias de humor grosseiro e escatológico, virou sucesso de bilheteria pela insistência do ator Ryan Reynolds. Na roupa vermelha do herói, descobriu o personagem de sua vida.
"Deadpool 2", que estreia nos cinemas, nem chega a ser uma sequência típica do cinema de ação. Não há uma nova história a ser desenvolvida. É uma continuação direta, e se aproxima da colagem da última cena do primeiro filme com a abertura deste, para ser visto como um único longa.
É uma qualidade indiscutível do projeto, porque preserva a ação desgovernada, de violência gráfica, e a sucessão alucinante de piadas. É como se o ritmo frenético da franquia "Apertem os Cintos! O Piloto Sumiu" fosse aplicado ao mundo dos super-heróis.
As brincadeiras que exploram a cultura dos gibis voltam maiores. Quem é ligado ao universo vai ter mais combustível para risadas. E, como é habitual em filmes da Marvel, aqui coprodutora, há uma cena nos créditos finais —que talvez seja a mais engraçada de todas.
Quanto à história, é simples. O herói de humor cáustico, superforça, fator de cura instantânea e um vasto conhecimento de armas precisa formar um time contra o mal.
Mas o resultado é bem diferente dos X-Men, mutantes que Deadpool adora azucrinar. Seus novos parceiros têm poderes absurdos, como Domino, protegida pela sorte em qualquer situação, e Peter, bonachão sem poder algum.
O enredo reúne Deadpool com Cable, mutante no universo dos X-Men. Interpretado por Josh Brolin, o Thanos de "Vingadores: Guerra Infinita", ele vem do futuro para matar um gordinho mutante. Mas o herói, em divertidíssima crise de depressão, se afeiçoa ao jovem e resolve salvá-lo.
É muito fácil recomendar "Deadpool 2" às pessoas. Quem gostou do primeiro deve ir correndo ver a sequência. Para quem achou o original com ritmo muito alucinado ou incompreensível, o melhor é passar longe.
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