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Coleção traz obra revolucionária de Igor Stravinsky

'A Sagração da Primavera' chega às bancas no domingo (15)

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O Balé Teatro Guaíra dança 'A Sagração da Primavera' - Sérgio Vieira/Divulgação
São Paulo

A estreia do balé de "A Sagração da Primavera", em um teatro de Paris em 1913, foi um dos episódios mais famosos da história da música.

Parte do público brigou, vaiou e abandonou o espetáculo do russo Igor Stravinsky, que revolucionou a estética musical e chocou a sociedade francesa com inovações rítmicas e narrativas.

A balbúrdia foi tamanha que as vaias abafaram a música e o coreógrafo subiu numa cadeira para gritar o tempo dos compassos aos bailarinos. Quarenta pessoas foram presas, separadas entre quem gostou e quem não gostou.

No 22º volume da Coleção Folha Concertos e Óperas para Crianças, que chega às bancas no domingo (15/7), o pequeno leitor é apresentado a uma versão ilustrada da obra estruturada em duas partes: a adoração da terra com jogos e danças para celebrar a chegada da primavera e a escolha de uma jovem pelo deus Yarilo.

Todos os anos, com a chegada da primavera, camponeses russos praticam o mesmo ritual: tocam suas melodias e dançam para Yarilo, deus da primavera, que é quem lhes dá os frutos e alimentos de que necessitam para sobreviver até a primavera seguinte.

A cerimônia terminará quando o deus Yarilo escolher —e levar para viver em seu palácio— uma das jovens que dançam alegremente pelo vale. Qual será a eleita da vez?

O 22º volume da Coleção Folha inclui ainda um CD com uma gravação da Orquestra Sinfônica de Londres, sob regência do americano Robert Craft (1923-2015). A edição também oferece atividades lúdicas às crianças e explica a relação entre trechos da história e faixas do álbum.

A linguagem musical da composição de Stravinsky tinha pouca conexão com o que o público costumava ouvir na França no início do século 20. O russo trouxe uma obra com elementos como falta de foco, narrativa e mudança constante de ritmo.

A coreografia do balé criada por Vaslav Nijinsky (1889-1950), um dos precursores da dança moderna, também recebeu críticas pelo seu resgate da ancestral arte rupestre.

Igor Stravinsky terminou a composição em março de 1913, porém continuou revisando a obra durante os 30 anos seguintes.

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