Pinacoteca vai ter mostra de Ernesto Neto e coletiva inspirada em Beuys em 2019

Instituição paulista programa escultores, gravuras e grandes nomes da arte contemporânea brasileira

São Paulo

Uma grande exposição do artista carioca Ernesto Neto e uma coletiva com artistas que dialoguem com propostas do alemão Joseph Beuys (1921-1986) são as duas maiores apostas da Pinacoteca de São Paulo para sua programação de 2019.

Segundo Jochen Volz, diretor da instituição, essas mostras, junto com a individual da também carioca Fernanda Gomes, definem o programa do ano, que leva em conta a função social da arte. 

“São artistas que refletem sobre espaços coletivos e novas formas de pensar as culturas”, diz ele.
A individual de Neto, que ocupará grande parte do prédio principal da Pinacoteca com instalações, será aberta em 30 de março. 

Instalação de Ernesto Neto em Zurique
Instalação de Ernesto Neto em Zurique - Divulgação

Já a coletiva chamada “Escola de Arte: Experimentações em Coletividade” será aberta em 10 de agosto. Está escalada uma dezena de artistas brasileiros e estrangeiros que traçam paralelos com Beuys, imaginam outros futuros e têm ligações com questões sociais e ambientais. Eles também propõem participações ao público, como o tailandês nascido na Argentina Rirkrit Tiravanija.

Na Estação Pinacoteca, três artistas que trabalham com escultura estão escalados: Artur Lescher, em março, Marepe, em julho, e Marcia Pastore, em novembro. 

“São três conceitos de escultura bastante diferentes”, diz Volz. “Em Lescher, é a perfeição, o peso, já Marepe se liga ao popular, ao cotidiano e ao objeto encontrado, e Pastore usa o corpo para a ativação da obra e do espaço por meio de performance”, diz.

Estão ainda programadas, para fevereiro, mostras de Marcius Galan, Debora Bolsoni, Regina Parra e Matheus Rocha Pitta. Em outubro, o espanhol Adrià Julià, gravuras de León Ferrari do acervo e “Gravura Modernista Social”, uma organização a partir de gravuras também do acervo.

Obra "Exercícios de Divisão de Área" (2013), de Marcius Galan, em exposição no Museu da Casa Brasileira - Divulgação

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