Digital já representa 98% do consumo de música no Brasil, diz estudo

Depois de uma década de retração, mercado brasileiro tem recuperação graças a esse segmento

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Jorge e Mateus fazem show para divulgar álbum 'Terra Sem Cep' (6.abr.2018)
Jorge e Mateus em show de 2018 para divulgar álbum 'Terra Sem Cep' - Waldemir Filetti/Divulgação
São Paulo

As vendas de música em formato digital, seja em streaming ou via download, já representam 98% do faturamento do segmento no Brasil, mostra um balanço do setor fonográfico divulgado na manhã desta  Pró-Música, associação de produtores nacionais.

O faturamento desse setor em 2018, ainda de acordo com a pesquisa, chegou a US$ 216 milhões (R$ 832 milhões). O bom desempenho ajuda o mercado fonográfico do país na sua recuperação, depois que enfrentar uma década de encolhimento, até 2015.

Se considerarmos o total do segmento, que além do consumo inclui ainda o recolhimento de direitos autorais com apresentações públicas, o cinema e a publicidade, a música digital representa 72% do mercado brasileiro.

Levando em conta apenas as vendas físicas e digitais de música, o mercado fonográfico brasileiro cresceu 30%. Se considerarmos o total, a alta é de 15% em relação a 2017, número acima da média mundial (10%).

A pesquisa não diz, contudo, se esse crescimento do conteúdo digital é suficiente para reverter a queda de arrecadação com execuções públicas pelos artistas, que recuou 12% no ano passado, atingindo US$ 77 milhões (R$ 296 milhões).

O Brasil é o décimo maior mercado global de música.

Junto a esse levantamento, é divulgado o relatório global da IFPI (International Federation of Phonographic Industry). E lá fora a alta do faturamento com streaming pago (33%) e do streaming em geral (34%) também gerou um crescimento do mercado total. O número de assinantes de serviços do tipo subiu 45%, para 255 milhões de pessoas. A audição de música sob demanda já representa quase metade da receita do mercado mundial.

Os serviços sob demanda, como era esperado, não contribuem para a queda das vendas de música em mídias físicas, que encolheram 10% em 2018. Os downloads também estão em baixa (-21%).

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