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Ator de 'Detetive Pikachu' e 'Jurassic World' já é expert em contracenar com seres que não existem

Pokémon ganha primeiro live-action com criaturas fofinhas e Justice Smith no papel do amigo humano

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Justice Smith e Kathryn Newton em 'Pokémon: Detetive Pikachu'
Justice Smith e Kathryn Newton em 'Pokémon: Detetive Pikachu' - Divulgação
São Paulo

Lançada em 1996 pela Nintendo, a franquia Pokémon foi sucesso absoluto e instantâneo. Originalmente criada como uma dupla de jogos para o Gameboy, rapidamente se expandiu para outras plataformas, cruzando as fronteiras do Japão e conquistando fãs em todo o mundo.

Inspirou séries de TV, filmes animados, livros, brinquedos, jogos de cartas, doces e até mesmo brinde em garrafinha de refrigerante. Com tal onipresença ao longo da década de 1990 e começo da de 2000, é certo dizer que a saga de criaturas fantasiosas que lutam uma contra a outra marcou toda uma geração.

Apesar do tremendo apelo popular e do sucesso financeiro —é uma das mais valiosas franquias da história, com cerca de US$ 60 bilhões acumulados (R$ 230 bilhões)—, nunca inspirou confiança nos estúdios de Hollywood para uma adaptação cinematográfica. Foram 21 animações japonesas, mas sem o glamour e a pompa do cinema americano.

Agora, 23 anos após sua estreia nos videogames, Pokémon finalmente serve de inspiração para uma grande produção hollywoodiana, que também é seu primeiro filme em live-action.

Da Warner Bros., “Pokémon: Detetive Pikachu” narra a história do filho de um detetive que precisa se unir a um pokémon falante para encontrar seu pai, desaparecido após um estranho acidente.

Mas esqueça Equipe Rocket, Ash Ketchum e professor Carvalho. O único ponto em comum da trama com o seriado que muitos cresceram vendo é o protagonismo de um pikachu, o pequeno bichinho amarelo que tem poder de eletrocutar os inimigos.

No longa dirigido por Rob Letterman, ele recebeu a voz de Ryan Reynolds, que temperou a trama com pequenas pitadas do humor escrachado visto em “Deadpool” (2016). Apesar de o nome do ator estampar o material de divulgação de “Pokémon: Detetive Pikachu” no Brasil, a maioria dos cinemas exibem apenas a cópia dublada.

Visualmente encantador e uma explosão de fofura graças às criaturinhas que habitam o universo da Nintendo, o filme encontrou seu protagonista em Justice Smith, ator de 23 anos que pode ser visto em “Jurassic World: Reino Ameaçado” (2018). A idade entrega que Smith cresceu em meio à febre Pokémon.

“Foi uma parte importante da minha infância. Eu assistia ao desenho, jogava os games… Bem, eu ainda jogos alguns deles”, diz.

Deslumbrada com pikachus, bulbasauros e squirtles, a versão mirim de Justice Smith costumava se perguntar por que nunca haviam feito um filme em live-action daquelas criaturas. Assim como os fãs que devem correr para as salas de cinema de todo o mundo, o ator mal podia esperar para ver pokémon contracenando com pessoas de carne e osso.

“Quando eu era menor eu costumava ver na internet artes feitas pelos fãs que mostravam os pokémon como animais de verdade. Aquilo era tão legal e eu vivia me perguntando o porquê de não tentarem fazer aquilo no cinema.”

O futuro foi generoso e não somente deu a Smith o filme que ele queria, mas também reservou a ele o privilégio de protagonizá-lo, tarefa que ele diz não ter sido fácil, principalmente pelo fato de não ter muitos parceiros de tela.

"Apesar de parecer que eu realmente estou ao lado de pokémon, foi desafiador fazer algumas cenas", revela. "Nas gravações eu tinha que memorizar onde os pokémon estavam e reagir a tudo o que eles supostamente falavam e faziam."

Smith já estava acostumado com esse tipo de tecnologia, o CGI (imagens geradas por computador), graças ao trabalho na saga "Jurassic World", que diz ter sido menos desafiador. "Quando eram dinossauros eu só tinha que correr e gritar, enquanto para 'Detetive Pikachu' eu precisava manter conversas profundas com um pikachu e olhar direto em seus olhos."

Outra questão que o preocupava era o fato de estrelar uma franquia com uma base de fãs tão sólida. Ter interpretado um personagem pouco conhecido, no entanto, acabou aliviando um pouco a pressão.

“Eu interpreto um personagem dos videogames, mas não é Ash”, diz em relação ao famoso protagonista da série animada. “Esse não é um personagem para o qual as pessoas têm uma imagem pré-concebida, então eu tive total liberdade para moldá-lo.”

São várias as tramas, personagens e jogos existentes dentro do universo Pokémon. O título que inspirou este filme, no entanto, é menos conhecido e foi lançado pela Nintendo em 2016. Chamado “Detetive Pikachu”, o game foge do padrão de seus antecessores e aposta no mistério, tendo como protagonista um jovem adulto chamado Tim Goodman.

Independente de quem o protagoniza, o filme é um banquete para os fãs da Nintendo, reunindo uma infinidade de pokémon com visuais hiper-realistas. Com as criaturas em CGI andando livremente em meio a humanos, “Pokémon: Detetive Pikachu” promete deixar muitos fãs da franquia nostálgicos —ou até mesmo dar um choque neles.

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