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Televisão

Réplica: 'A Globo sabe separar os erros irreparáveis daqueles desculpáveis'

Diretor de jornalismo da emissora responde a análise publicada nesta sexta

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Ali Kamel

​​O artigo “Maior canal do país não sabe lidar com choque na área digital”, de Nelson de Sá (publicado na Ilustrada, nesta sexta (2), na pág. C1 da edição impressa) parte de premissas incorretas.

Ninguém na emissora pensa em substitutos para William Bonner, essa questão não está posta. E ninguém com conhecimento de causa diria que os profissionais citados (que “caíram pelo caminho”) pudessem ter sido cogitados para a missão.

Não é verdade que a Globo, diante das notícias sobre Dony De Nuccio, tenha se limitado a uma simples advertência. De início, a emissora o advertiu sim, mas porque Dony se desculpou, comprometeu-se a encerrar atividades da empresa, afirmou que não tinha negociado valores e que não tinha agido com dolo.

A Globo sabe separar os erros irreparáveis daqueles desculpáveis. Quando o jornalista foi confrontado com novas revelações, a Globo aceitou o pedido de demissão “com a certeza de que era o melhor caminho”. Apesar de informado, o analista não se referiu corretamente às regras sobre publicidade no jornalismo.

A ele foi dito que aos jornalistas é vedada toda e qualquer publicidade, mas foi explicado que os colegas que cobrem esporte, e que respondem a outra diretoria, têm foco numa atividade cuja característica mais acentuada é a de ser um espetáculo. E que, por esse motivo, os princípios editoriais do Grupo Globo dizem que "participantes de programas esportivos televisivos, radiofônicos ou transmitidos pela internet seguirão neste quesito a política comercial de seus veículos”.

Por fim, é espantoso que o articulista diga que a Globo não sabe lidar com choques da era digital apenas porque a emissora admitiu, sensatamente, que esse novo mundo obriga todos a revisitar continuamente os temas. Esta é a forma de agir de toda empresa que queira continuar a ser forte e contemporânea.

Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo

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