Brasília foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1960, mas a ideia de construir uma capital no interior do país começou a circular muitas décadas antes.
No século 18, já existiam discussões sobre a possibilidade de transferir o centro político do Brasil para uma região inexplorada, a fim de estimular a integração nacional.
Floriano Peixoto foi o primeiro presidente a levar a ideia adiante. Em 1892, ele criou a Comissão Exploradora do Planalto Central, chefiada pelo astrônomo belga Luís Cruls.
Histórias como essas estão no terceiro volume da Coleção Folha - A República Brasileira. O livro sobre
Floriano, que comandou o país de 1891 a 1894, chega às bancas neste domingo (29).
A gestão dele foi marcada por uma série de rebeliões. Em uma delas, a Segunda Revolta da Armada, integrantes da Marinha, insatisfeitos com o governo federal, trocaram tiros com soldados do Exército.
Segundo o historiador Pietro Sant’Anna, autor do livro, “as guerras civis, com ameaças constantes de bombardeio do Rio, certamente fizeram Floriano querer apressar a mudança da capital”.
Após um ano de trabalho, a comissão criada pelo presidente elaborou relatório sobre o Planalto Central. A região, escreveu Cruls, “tem riquezas naturais que só pedem braços para serem exploradas”.
Em 1893, o belga e sua equipe delimitaram uma ampla área que ficaria conhecida como Quadrilátero Cruls. Mais de seis décadas depois, esse território daria origem ao atual Distrito Federal.
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