É inevitável pensar em Brasília quando se lembra de Juscelino Kubitschek, que liderou a construção da capital do país.
Essa forte ligação entre um presidente e uma cidade também se aplica a Rodrigues Alves e o Rio de Janeiro.
O juiz de direito nascido em Guaratinguetá (SP), que assumiu a Presidência em 1902, é o tema do quinto volume da Coleção Folha - A República Brasileira. O livro chega às bancas no próximo domingo, dia 13.
Quinto presidente da história republicana, Rodrigues Alves dedicou seu mandato especialmente à transformação da então capital. “Não é exagero dizer que há um Rio de Janeiro antes e depois de Rodrigues Alves”, escreve o jornalista Fernando Figueiredo Mello, autor do livro.
Ele nomeou Pereira Passos, um engenheiro de sua confiança, como prefeito da cidade e deu início a três frentes de mudança. Comandou a reurbanização, derrubando casebres para abrir avenidas.
Também levou adiante a modernização do porto carioca, essencial para o comércio com outros países.
A terceira prioridade para o Rio era o saneamento, uma missão entregue ao médico Oswaldo Cruz. Em 1904, a aprovação de lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola deu início a uma convulsão social. A oposição deixou parte dos cariocas em pânico ao dizer que a vacina causaria doenças.
Havia um outro lado: ao não informar adequadamente a população sobre a urgência da imunização, o governo também foi responsável pelos tumultos na cidade. A Revolta da Vacina teve até destruição de bondes.
Rio só acalmou com a revogação da obrigatoriedade.
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