Porque a alegria nos une mesmo na dor
Só o outro me interessa, só o encontro
Só me interesso pelo que não sou eu
A fala poderosa de Davi: Ipa theã oni
Flecha para tocar o coração da sociedade não indígena
A macumba
Os Batutas
O bunda le lê
O beat-box. O tambor na boca.
O coração na boca
A favor do "Não sou gente, sou onça"
Remoer
Ruminar
Regurgitar as hierarquias
de cor
de gênero
de território
O instinto Caraíba
Minha terra tem Palmares que sendo negros são racistas
Matar ontem o passarinho com a pedra que se atirou hoje
Torrar o mito da democracia racial
Do povo cordial
Mascar as máscaras
Flambar Villa-Lobos
Brindar à Rosa
Falar Brasilês
Avenida Atlântica: a prédia
Cuspir o pão com leite condensado
que o diabo amassou
A floresta e a Escola
Contra todas as catequeses
Bárbaro e nosso
Falar como somos. "quer que eu desenho?"
Assar os papagaios de Coimbra
Viva a inteligência vegetal
O algoritmo arlequinal
Pau Brasil
Miami pra eles
"Me ame" pra nós!
Contra os covardes e eruditos de aquário
A invenção
A surpresa
Falar juaguanhenhém
A periferia como potência
Minha mátria é minha língua
Terra também come memória
Discutir com Madame
É melhor ser alegre que ser triste
A contribuição trilhardária de todos os erros
O samba é o denominador comum
O surdo um na multidão
A batida ensurdecedora dos silenciados
Abaporu com dendê
Chupar a Geleia Geral dos dedos
Trazer entre os dentes uma faca só lâmina
(olha que a Musa nos corta a língua)
Mascar as máscaras
A cabeça de Mário de Andrade numa cesta indígena
Torresmo de Oswald
Sobre
mesas
nesta MANIFESTA.
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