Entenda como vida na corte, de reis a anões, foi tema dos retratos de Velázquez

Personagens em movimento são o destaque na obra 'As Meninas', considerada a maior tela do artista espanhol

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São Paulo

Das primeiras telas de Diego Velázquez, inspiradas na literatura espanhola burlesca, às cenas históricas e sacras, o 19º volume da Coleção Folha Grandes Pintores traz a vida e a obra do pintor espanhol que fascinou artistas como Goya e Picasso.

Desde o início de sua trajetória, em Sevilha, Velázquez já se destacava nos bodegones, pinturas que retratavam uma ou duas figuras ao lado de elementos de natureza-morta.

A obra 'A Infanta Margarita’, de Diego Velázquez - Reprodução

Nas raras paisagens a que se dedicou, durante sua primeira estadia na Itália, o pintor também se notabilizou pela opção de realizá-las ao ar livre, algo incomum para uma época na qual franceses e italianos radicados em Roma —Nicolas Poussin, Pietro de Cortona— preferiam trabalhar dentro do ateliê com base em esboços da realidade.

Após a morte de Felipe 3º, em 1621, e da ascensão de Felipe 4º ao trono, Velázquez chegou a Madri e foi nomeado pintor do rei. Em "As Meninas", de 1656, a maior tela do artista espanhol, considerada sua obra-prima, ele reúne os membros da família real e põe todos em movimento.

Mas, para além dos registros dos soberanos, a coleção também enfatiza o trabalho de Velázquez como retratista de outros tipos, de clérigos, intelectuais e aristocratas aos atores, anões e bufões que se encarregavam do entretenimento do rei e dos chegados a ele.

Nessas pinturas, o tratamento que Velázquez confere aos personagens revela muito sobre a personalidade de cada um. No retrato "A Venerável Madre Jerónima de la Fuente", de 1620, o claro-escuro realça a força da freira. Já na tela "Luis de Góngora y Argote", realizada dois anos depois, a paleta cromática reduzida confere ao poeta uma expressão amargurada.

Retratista extraordinário, Velázquez chegou a surpreender até mesmo Édouard Manet, que se deparou em 1865 com o retrato de Pablo de Valladolid, atualmente no Museu do Prado. Diante da tela, Manet declarou que aquele talvez fosse o mais surpreendente exemplar de pintura jamais feito.



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Coleção completa: R$ 687; lote avulso (com seis volumes): R$ 134,70

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