Descrição de chapéu Rock in Rio

Música eletrônica no Rock in Rio atrai curiosos e público fiel: 'Tem a melhor vibe'

Público do palco destinado ao gênero vê poucos artistas principais e acredita que espaço tem clima melhor

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Rio de Janeiro

Longe dos palcos Mundo e Sunset, os principais do Rock in Rio, há um universo à parte. Quem passa pelo Espaço Favela em direção às montanhas-russas encontra shoppings a céu aberto, com ações de todo tipo de marca, balcões de fast-food e lojinhas.

Ao fundo, fica o espaço dedicado à música eletrônica, com uma estrutura que lembra uma nave espacial, com muitas luzes e um som de fazer inveja a outros palcos. Quem toca no Supernova, por exemplo, sofre com o vazamento das batidas firmes que vêm das caixas a alguns metros dali.

Entrada da Cidade do Rock - Divulgação

Há momentos em que o palco eletrônico fica mais cheio, mas em geral ele reúne algumas poucas centenas de pessoas. A plateia é dividida entre curiosos e fiéis da batida, que vêm ao Rock in Rio a despeito de suas atrações mais famosas –eventualmente, eles dão uma passada para ver algum show.

É o caso de Renan Carvalho, de 38 anos, nesta sexta-feira. "Hoje eu estou aleatório, mas prefiro ficar aqui no eletrônico. É tudo muito longe, maior missão ir para lá. A galera que vem para o eletrônico fica aqui mesmo. Encontrei vários que disseram 'vou ficar aqui, não vou sair'."

O paulista Guilherme Zani, de 23 anos, veio ao Rio de Janeiro pela primeira vez para ver o DJ Blazy. Ele até quer dar uma passadinha no Green Day, que faz o principal show do dia, mas vai sair antes do fim do show para não perder tempo.

"A galera aqui respeita o espaço. No Sunset ou no Mundo amontoa demais", diz. "Quando estiver acabando [o Green Day] eu volto para cá. Não perco [Blazy] por nada. E o fato de ele estar no Rock in Rio representa muito para a gente."

Pietra Nobrega, de 21 anos, diz que o line-up eletrônico deste domingo está "animal" e vai ficar o dia inteiro por lá. "Só vou sair para ver a Dua Lipa."

Mas há quem fique no espaço eletrônico mesmo sem saber citar uma atração do local. Micael Bragança, de 40 anos, veio de Goiânia e quer ver o show de Avril Lavigne no Sunset. No resto do dia, ele fica por ali.

"Estou aqui desde a hora que cheguei", diz, por volta das 19h de sexta. "É o palco mais lindo, com a melhor 'vibe'. Cada festa eletrônica proporciona uma 'vibe', e aqui está dentro do contexto, da proposta da música –mais de boa, mais 'slow'."

No caso da música eletrônica, o apelo visual tem muita importância para os fãs. Para Mirella Slobodeicov, de 19 anos, a estrutura no espaço New Dance Order é "a mais bonita". "Palco Mundo é muito simples", ela desdenha.

Álvaro Ribeiro, de 26 anos, de Pirapetinga, em Minas Gerais, diz que o lugar é "muito diferente dos rolês de eletrônica" que já foi. Assim como outras pessoas, ele elogia o clima entre os fãs de música eletrônica.

"O público em geral do eletrônico é uma galera mais alternativa, que preza o amor, o bem, está ali pela sensação que a música dá."

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