O Vaticano devolveu à Grécia três peças de 2.500 anos que ficavam no Parthenon, um dos principais monumentos gregos. O país disse que outras nações deveriam imitar o gesto, em uma referência a peças do templo que estão em poder da Grã-Bretanha.
As obras estão nas coleções papais dos museus do Vaticano há mais de um século. O papa Francisco ordenou a devolução em dezembro do ano passado.
O papa fez as doações a Ieronymos 2º, chefe da Igreja Ortodoxa Grega, como um gesto de diálogo ecumênico.
Papamikroulis Emmanouil, representante do chefe ortodoxo, chamou o gesto do papa de histórico, mas salientou que "falta muito para curar as feridas e traumas sofridos por este monumento por causa de práticas que pertencem a um passado distante".
"A esperança é que o gesto seja imitado por outros. Sua Santidade, o papa de Roma, provou que isso é possível e realista", disse ele.
Em janeiro, o Museu Britânico, em Londres, disse que iria devolver mármores que adornavam o Parthenon e que estão em exposição no museu há décadas.
O conjunto, que ficou conhecido como Mármores de Elgin, foi feito sob a supervisão do escultor Fídias no século 5º a.C. Em 1806, durante a ocupação do território grego pelos otomanos, o lorde que dá nome às peças conseguiu autorização para levar o conjunto ao Reino Unido.
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