O cantor Gusttavo Lima recebeu R$ 1,1 milhão da Caixa Econômica Federal para fazer propaganda da Mega da Virada em 2020. O valor do cachê foi revelado nesta segunda-feira pela agência Fiquem Sabendo, especializada na Lei de Acesso à Informação, após pedido do governo.
A Caixa havia negado o pedido de divulgar o contrato que firmou com a empresa responsável pela carreira do sertanejo. Segundo a Controladoria-Geral da União, a CGU, o banco afirmava que a "divulgação pormenorizada traria riscos à competitividade" e que esta restrição estava prevista na Lei de Acesso à Informação. A CGU informou que analisaria a situação até 27 de março.
A revelação do cachê ocorre após uma polêmica. O portal Movimento Country divulgou no fim do ano passado que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia posto o valor pago a Gusttavo Lima sob sigilo de cem anos. A Caixa negou que isso tivesse ocorrido na época.
Gusttavo Lima esteve no centro da "CPI do sertanejo", movimento que investigou como vários cantores sertanejos usam recursos públicos para impulsionar suas carreiras, ainda que se gabem de não usar a Lei Rouanet.
A discussão surgiu depois que Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou uma tatuagem que Anitta fez no ânus. Ele afirmou em maio passado que não dependia da Lei Rouanet e que seus cachês "quem paga é o povo".
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