'O que me dói mais é como aconteceu', diz viúvo de Zé Celso, Marcelo Drummond

'Não precisava ser um incêndio', afirmou o ator, que faz parte do Teatro Oficina e deve ser novo presidente

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São Paulo

Marcelo Drummond, o viúvo de Zé Celso, falou sobre o momento em que tomou conhecimento do incêndio que levou à morte do dramaturgo.

Marcelo Drummond, viúvo de Zé Celso, no Teatro Oficina - Rubens Cavallari/Folhapress

No Teatro Oficina, onde ocorreu o velório de Zé Celso das 23:30 até a manhã desta sexta-feira (7), Drummond contou que acordou com um estrondo.

Ao abrir a porta do quarto de seu apartamento, integrado ao do marido, estava tudo escuro devido à fumaça. "Eu ouvi o Victor Rosa dizendo ‘vem meu amor, vem’. Quando fui para o apartamento do Zé, vi ele no chão sendo puxado pelo Victor e o fogo atrás".

Quando conseguiram sair do apartamento e deitaram no corredor do lado de fora, Drummond disse que Zé Celso pedia para fechar as janelas. "Eu dei as mãos para ele e ele colocou a perna em cima de mim. Parecia que tínhamos acabado de trepar."

"O que me dói mais é como aconteceu. Não precisava ser um incêndio. O que interessa é que o Zé deu norte e vida para muita gente. Muitas pessoas trabalharam nesse pequeno teatro", continuou.

À Folha, Drummond disse que deve assumir a direção do Teatro Oficina após a morte do diretor, que não resistiu aos ferimentos causados pelo incêndio em seu apartamento.

"Provavelmente serei eu", disse, quando questionado sobre a sucessão. "O Zé disse que gostaria que eu continuasse. Mas essas coisas jurídicas a gente vê depois".

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