O que esperar do tributo ao Nirvana com orquestra que agora faz turnê pelo Brasil

Grupo que toca em São Paulo na sexta-feira vai reviver sucessos como 'About a Girl' e 'Drain You' com a Sinfônica Villa-Lobos

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Rio de Janeiro

As canções do Nirvana estão lá, o mais fiel possível aos arranjos originais de Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic, com sua dinâmica de calmaria, explosão e calmaria. Desta vez, porém, há algo diferente na calmaria e na explosão. São os timbres sinfônicos.

No espetáculo "Tribute of Nirvana", que chega a São Paulo na sexta-feira (13), a banda argentina Seattle Supersonics e a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos se unem para dar novas cores ao repertório da banda.

Esteban Molina, Ezequiel Díaz e Cristian Montero, da banda Seattle Supersonics, que faz tributo ao Nirvana com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos
Ezequiel Díaz, da banda Seattle Supersonics, que faz tributo ao Nirvana com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos - Luis Martinez Perez/Divulgação

"Os arranjos da orquestra foram feitos pensando nos momentos de agressividade e de calma das gravações do Nirvana", afirma o baterista Esteban Molina. "Os músicos sinfônicos estão lá exatamente para potencializar os momentos de tristeza e euforia em cada bloco de cada música".

A banda Seattle Supersonics foi criada em 2010, em Buenos Aires, e sua formação inclui, além de Molina, o vocalista e guitarrista Ezequiel Díaz e o baixista Cristian Montero. Como de costume nas bandas de covers, o trio procura reproduzir não apenas os arranjos originais do Nirvana, mas figurinos, cortes de cabelo e trejeitos.

A turnê de 14 shows pelo Brasil, incluindo capitais como Porto Alegre e Belo Horizonte, marca a primeira vez em 13 anos de carreira que o trio se junta a músicos de uma orquestra. No show, eles são acompanhados por até 12 instrumentistas da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, que são regidos pelo maestro Adriana Machado.

"Escolhemos as músicas que mais combinavam com instrumentos orquestrais, de forma que a orquestra pudesse ser não só coadjuvante, mas que contribuísse para ornamentar a obra", diz o maestro. "Foram utilizados apoios harmônicos e interações rítmicas, de forma que as melodias criadas para a orquestra soassem como se estivessem lá desde sempre".

O show é dividido em dois momentos. No primeiro, de cerca de 1h20, o trio tem o reforço da orquestra. Depois, apenas Ezequiel, Esteban e Cristian ficam no palco, evocando de maneira ainda mais nítida a atmosfera dos shows do Nirvana.

"Não tivemos a possibilidade de assistir ao Nirvana, porque nasci em 1991", diz Esteban, que tinha três anos quando Cobain morreu. "A banda nasceu para que as pessoas tenham a possibilidade de viver um pouco do que foi o Nirvana. Quando o trio estiver no palco, o Nirvana estará bem representado ali, inclusive com um final de show bem louco".

É bom lembrar que quase sempre Kurt, Dave e Krist terminavam a apresentação num quebra-quebra de instrumentos, com muita distorção.

Ao longo das mais de 2h de apresentação, o repertório passeia por todos os discos da banda, incluindo canções como "In Bloom", "Drain You", "All Apologies", "About a Girl", "Love Buzz", "Territorial Pissings" e, claro, "Smells Like Teen Spirit".

Músicas de outros artistas interpretadas pelo Nirvana também aparecem na setlist, como "The Man Who Sold the World", de David Bowie, que a banda gravou em seu disco "Unplugged" no formato acústico.

A turnê com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos também marca a primeira passagem do Seattle Supersonics pelo Brasil. "É um orgulho enorme estar no Brasil", diz Ezequiel. "Sabemos da história do país com o Nirvana e estamos com uma expectativa muito grande por como vai ser a turnê".

Tributo ao Nirvana

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