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Taylor Swift é queer, sugere artigo do New York Times que irritou a internet

Texto do jornal americano aponta que cantora dá sinais esparsos e velados disso, mas reações apontam atitude invasiva

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Maggy Donaldson
AFP

Um longo artigo de opinião publicado no The New York Times, especulando sobre a sexualidade da superestrela da música Taylor Swift, desencadeou raiva na internet, onde alguns usuários das redes sociais pediram que o jornal americano se retratasse.

A coluna de 5.000 palavras publicada nas páginas de opinião do jornal sugere que a popular cantora está enviando sinais velados aos seus fãs de que é "queer", apesar de se identificar publicamente como heterossexual.

A cantora Taylor Swift no 2023 MTV Video Music Awards - Andrew Kelly/REUTERS

Nem o The New York Times nem os representantes de Swift responderam imediatamente a um pedido de comentários da AFP sobre o artigo ou a reação.

Em declarações anônimas à CNN, uma pessoa próxima a Swift descreveu a coluna como "invasiva, falsa e inadequada".

O ensaio de Anna Marks, redatora da seção de opinião do jornal nova-iorquino, lista várias vezes em que Swift aparentemente sugeriu ser "queer", palavra comumente usada para descrever uma identidade de gênero e sexualidade diferente da heterossexual.

"Individualmente, um único grampo de cabelo caído pode não fazer sentido ou ser acidental, mas considerados em conjunto, são o desdobramento de um coque de bailarina após uma longa apresentação", escreveu Marks.

"Esses grampos de cabelo caídos começaram a aparecer no trabalho artístico da sra. Swift muito antes de a identidade queer se tornar inegavelmente comercializável para a corrente dominante nos Estados Unidos. Eles sugerem às pessoas queer que ela é uma de nós", argumenta.

Em 2022, Marks publicou outra coluna como convidada, especulando sobre a identidade de gênero de Harry Styles, uma estrela pop com quem Swift já namorou, examinando acusações de "queerbaiting", ou seja, o uso de expressões, comportamentos ou roupas relacionadas ao "queer" para fins de marketing, sem que o indivíduo se identifique como tal.

Marks abre sua coluna sobre Swift fazendo referência à angústia interna de Chely Wright, uma música country "queer" e ativista que descreveu sua permanência no armário por anos, tanto por motivos profissionais quanto pessoais.

Após a publicação do ensaio, Wright o chamou de "desencadeador": "Acho que foi horrível da parte do @nytimes publicá-lo. Desencadeador para mim lê-lo - não porque a escritora mencionou que eu quase acabei com a minha vida -, mas ver a sexualidade de uma pessoa pública sendo discutida é perturbador".

Swift continua sua bem-sucedida "Eras Tour" e se lança a um estrelato de outro mundo.

Nos últimos meses, a cantora de 34 anos tem sido abertamente vista com o jogador da NFL Travis Kelce, o que tem atraído novas legiões de espectadores para os jogos de futebol americano, enquanto a câmera rotineiramente se volta para Swift.

Sua vida amorosa tem sido há muito tempo tema de tabloides, fãs e de suas músicas. Swift já foi relacionada a homens de alto perfil, como os atores Tom Hiddleston, Jake Gyllenhaal e Joe Alwyn, bem como os cantores Styles, Matt Healy —líder do 1975— e John Mayer.

A própria Swift nunca indicou publicamente que se identifica como "queer" ou homossexual, embora isso tenha sido especulado por anos.

Ela defendeu os direitos LGBTQIA+, dos quais falou em uma entrevista de 2019 para a Vogue: "Só percebi recentemente que posso defender uma comunidade da qual não faço parte".

E no prefácio da recente reedição de seu álbum "1989", Swift refletiu que, aos 20 anos, jurou "não namorar caras" por causa das suposições da mídia de que ela dormia com todos os homens com quem passava tempo.

Kayla Gagnet, diretora de conteúdo digital da Equal Pride, uma marca de mídia queer que inclui The Advocate e Out, disse que, quando se trata de cobertura de notícias de celebridades, "apontar sinais óbvios não é inerentemente problemático".

Notar sinais de homossexualidade, disse à AFP, "não deveria ser diferente" de quando a mídia percebeu que Swift estava namorando Kelce antes que o casal confirmasse.

Por outro lado, segundo Gagnet, a reação à coluna do The New York Times "realmente se concentra em ignorar ou menosprezar o que ela mesma disse a respeito".

Os fãs da cultura pop sempre estarão interessados em saber com quem os famosos estão saindo, continuou. "É justo se interessar pelo que isso pode significar sobre sua sexualidade".

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