Folha promove pré-estreia de documentário sobre compositora Léa Freire

Musicista e diretor Lucas Weglinski participam de debate depois da exibição; evento acontece em 16 de julho, em São Paulo

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São Paulo

Criada sob influência da música erudita e também da popular, a obra de Léa Freire, de 67 anos, é tema do novo documentário de Lucas Weglinski, diretor de "Máquina do Desejo", de 2021, que estreia nos cinemas em 18 de julho.

"Para o choro, eu sou do jazz; para o jazz, eu sou do choro", diz a flautista, compositora e arranjadora em um dos trechos de "A Música Natureza de Léa Freire". Ela e o diretor participarão de um debate na pré-estreia do longa, marcada para o dia 16 de julho, às 20h, no Espaço Augusta, em São Paulo.

A imagem mostra uma pessoa de cabelos grisalhos tocando uma flauta de metal. A pessoa está olhando diretamente para a câmera e segurando a flauta com ambas as mãos. O fundo está desfocado, destacando a pessoa e o instrumento.
Cena de 'A Música Natureza de Léa Freire', documentário de Lucas Weglinski, que apresenta trajetória da musicista que mescla o erudito e o popular - Caroline Bittencourt/Divulgação

Com apoio da Folha, o evento terá como mediador o repórter especial do jornal Naief Haddad. Uma hora antes do início da sessão, serão distribuídos cem ingressos gratuitos para o público.

A partir de depoimentos de personagens da música brasileira e do jazz, como Alaíde Costa, Amilton Godoy e Jane Lenoir, o filme apresenta a trajetória de Léa Freire e a evolução musical da cidade de São Paulo desde os anos 1960.

No mesmo ano em que lançou seu primeiro disco autoral, em 1997, a instrumentista criou a própria produtora. Dedicado à música instrumental brasileira, o selo Maritaca Discos já gravou mais de 50 álbuns, incluindo os de nomes como Arismar do Espírito Santo, Banda Mantiqueira e Nailor Proveta.

Uma década depois, aos 50 anos de idade, Freire gravou seu sexto disco, "Canções Brasileiras", com a participação de músicos da Osesp, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, do maestro Gil Jardim e da cantora Mônica Salmaso, entre outros.

Produzido pela Agalma Filmes e Loma Filmes e distribuído pela Descoloniza Filmes e SPCine, o documentário mostra como a compositora transita entre diferentes gêneros —uma mistura que inclui o clássico, o samba e a bossa nova— e como seu trabalho repercute nas gerações seguintes de mulheres que também optaram pelo caminho da música.

"Esse não é um filme ‘de música, para músicos’, é um filme de cinema para todos, uma imersão com um profundo trabalho de roteiro, pesquisa, montagem, fotografia e som", afirma o diretor Lucas Weglinski.

Conceituada entre músicos, Léa Freire ainda é pouco conhecida entre o grande público no Brasil. Suprir essa lacuna é um dos principais objetivos do documentário.

"O filme aborda o apagamento das mulheres da nossa história, ainda mais quando são criadoras, inventoras de novas linguagens e novas formas. Falamos também sobre as origens afro-brasileiras de toda música nacional, inclusive a sinfônica. Resgatamos personagens que foram convenientemente ‘esquecidos’", acrescenta o cineasta.

A Música Natureza de Léa Freire

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