Taylor Swift volta aos palcos em Londres após ameaça de atentado em Viena

Além do episódio na Áustria, concerto ocorreu duas semanas depois de meninas serem esfaqueadas em uma aula de dança

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Londres (Reino Unido) | AFP

Taylor Swift retornou aos palcos nesta quinta-feira, em Londres, para encerrar a fase europeia de sua turnê "The Eras Tour", uma semana depois de cancelar seus shows em Viena devido a uma ameaça de atentado suicida.

Desde o início da tarde, milhares de fãs da cantora, com saias brilhantes e chapéus de caubói se aglomeraram ao redor do estádio de Wembley.

A cantora Taylor Swift - Andre Dias Nobre/AFP

A música de 34 anos apareceu no palco para interpretar seu sucesso "22" vestida com uma camiseta que dizia em inglês "muitas coisas estão acontecendo no momento", uma expressão da moda que foi interpretada como uma referência aos incidentes recentes.

Além do cancelamento dos shows em Viena, o concerto ocorreu duas semanas depois que três meninas foram esfaqueadas em uma aula de dança no noroeste da Inglaterra que tocava músicas da estrela pop.

Taylor fará os últimos cinco shows europeus de sua turnê, que começou há quase um ano e meio nos Estados Unidos, diante de quase 90.000 espectadores por noite.

"É loucura, não parece real", afirmou à AFP Brodie MacArthur, uma estudante londrina de 23 anos ao chegar a Wembley. Sua roupa é um vestido longo branco inspirado no último álbum de Swift, "The Tortured Poets Department".

Próxima a ela estava Juan Ramirez, que viajou especialmente da Califórnia. "A espera para este show foi agonizante. Mas aqui estamos, finalmente", disse o funcionário de ambulância de 28 anos, que temia o cancelamento da apresentação.

Na capital austríaca, os três shows que estavam previstos foram cancelados após a descoberta de um plano inspirado no grupo Estado Islâmico para realizar um ataque com explosivos e facas.

Três supostos seguidores do EI foram detectados com a ajuda da inteligência americana e acusados de planejar o ataque.

A Polícia Metropolitana da capital inglesa garantiu que "nada indica que o que foi investigado pelas autoridades austríacas vá impactar os eventos aqui em Londres".

"Após o que aconteceu em Viena, é reconfortante saber que a segurança foi reforçada", destacou Brodie MacArthur.

O site do estádio Wembley informou aos portadores de ingressos que haveria "controles adicionais" no estádio "antes de entrarem".

Alguns fãs chegaram ao amanhecer ou até mesmo no dia anterior. E o show não os decepcionou. A americana convidou o artista inglês Ed Sheeran, com quem interpretou vários temas nos quais colaboraram.

Swift voltou a Londres duas semanas depois do ataque em Southport, no qual três meninas morreram e que desencadeou distúrbios racistas por toda a Inglaterra.

A artista declarou que o ataque a deixou "completamente em choque".

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, declarou à Sky News que a cidade "continuará trabalhando de perto com a polícia para garantir que os shows de Taylor Swift ocorram com segurança".

"Nunca somos complacentes", afirmou Khan. "Aprendemos muitas lições após o horrível ataque na Arena de Manchester", um atentado com bomba em 2017 em um show da cantora Ariana Grande que deixou 22 mortos, acrescentou.

Enquanto isso, os fãs sem ingressos não puderam realizar o tradicional "tay-gate", como é conhecida a prática de permanecer nas proximidades do local do show durante a apresentação para ouvir as músicas.

As últimas apresentações de Swift em Londres, em junho, contaram com a presença de figuras de alto escalão.

Uma delas foi Keir Starmer, então candidato ao cargo de primeiro-ministro britânico, e o príncipe William, que estava celebrando seu aniversário com seus filhos. A cantora inclusive tirou uma foto com os membros da família real.

Após encerrar a fase europeia de sua turnê, iniciada em maio em Paris, Swift retornará aos Estados Unidos. A fase final de sua turnê mundial começará em 18 de outubro em Miami.

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