OneRepublic, no Rock in Rio, anima mais com Beyoncé do que com seus hits

Banda se apresentou no palco principal do festival sem muita agitação antes do show do Imagine Dragons

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Rio de Janeiro

Na metade do show, Ryan Tedder, vocalista da banda OneRepublic, pediu licença ao público. Disse que queria reservar pelo menos dez minutos para fazer uma espécie de karaokê com canções que ele escreveu para outros artistas. O grupo americano se apresentou no palco principal do Rock in Rio neste sábado, antes do Imagine Dragons.

Show da banda OneRepublic, no palco Mundo, durante o segundo dia do primeiro final de semana do festival Rock in Rio - Eduardo Anizelli/Folhapress

Tedder começou com "Halo", clássico romântico de Beyoncé, e depois seguiu com "Maps" e "Love Somebody", do grupo Maroon 5. Foram só pedaços das músicas originais, com menos de dois minutos cada, mas formaram o trecho mais animado e interessante de um show que, de resto, soou bastante deslocado no tempo, apesar de apropriado para a programação do dia.

O OneRepublic nasceu no começo da década de 2000, e lançou seu primeiro disco em 2006. Misturam pop e rock, e fazem parte de uma geração de bandas que inclui o próprio Maroon 5, bem como o Imagine Dragons. A diferença é que estas duas tiveram mais alcance e conseguiram se manter mais relevantes.

Não é que o OneRepublic não tenha hits. "I Ain’t Worried", que abre o show, empolgou, e "Apologize" levantou um coro. No fim, "Counting Stars", seu maior sucesso, fez o público pingar umas gotas de suor. Mas, no resto do tempo, a plateia estava desinteressada.

A abertura com "I Ain’t Worried" rendeu ainda outro momento curioso. Duas pessoas que esperavam para descer na tirolesa do Rock in Rio foram surpreendidas por fitas amarelas e enormes que ficaram presas nos cabos depois de serem atiradas pela banda.

Por cerca de um minuto, as fitas tremularam em frente ao palco, atrapalhando a visão do público, enquanto Tedder cantava. Na plateia, as pessoas diziam que provavelmente a tirolesa seria fechada. Parecia difícil que alguém atravessasse ali.

Mas logo dois aventureiros desceram pelos dois cabos e arrastaram as fitas, criando a impressão de que arrastavam atrás de si uma espécie de cauda mágica.

O público, atônito, aplaudiu. Não o show, mas as pessoas na tirolesa, que por alguns segundos ficaram parecendo dragões, diziam pessoas na plateia. O que é irônico, já que o palco seria liderado mais tarde pelo Imagine Dragons.

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