Descrição de chapéu greve dos caminhoneiros

Prejuízo no porto de Santos chegou a R$ 1,5 bi, estima sindicato

Fluxo de caminhões durante a greve era quase nulo no porto; agora, filas são preocupação

Fernanda Reis
São Paulo

Levantamento do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar) calcula que o prejuízo ao setor de navegação no porto de Santos, no litoral de São Paulo, chegou a cerca de US$ 410 milhões (R$ 1,54 bilhão) após a de greve dos caminhoneiros, iniciada em 21 de maio.

"É uma estimativa do prejuízo que pode ultrapassar esse valor, pois fizemos um cálculo conservador", diz José Roque, diretor-executivo do Sindamar.

Uma primeira estimativa do sindicato, divulgada na última quarta-feira (30), apontava um prejuízo de aproximadamente US$ 100 milhões (R$ 376,37 milhões) para o setor de navegação.

 

Na semana passada, o fluxo de caminhões no porto era praticamente nulo, pois só eram autorizados a passar pelos pontos de concentração veículos com cargas como medicamentos e produtos hospitalares. Com isso, navios tiveram de ficar parados ou desviarem sua rota durante o período.

A preocupação agora, diz Roque, é que se formem filas de caminhões no porto, já que os exportadores têm pressa de retirarem de lá os contêineres vazios.

"Tem muita carga depositada, atrapalha a parte operacional. Afetou toda a cadeia logística do comércio exterior e são prejuízos difíceis de serem recuperados", afirma.

Segundo as estimativas do Sindamar, mais de 500 mil toneladas de cargas deixaram de embarcar no porto durante a greve.

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